Desenvolvimento Econômico

Produto Interno Bruto

O IBGE desenvolve, desde 1996, um programa de trabalho em parceria com Órgãos Estaduais de Pesquisa e Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), para a construção das Contas Regionais do Brasil, com metodologia compatível com as Contas Nacionais. Após dez anos, o sistema de Contas Regionais passa por uma ampla reforma, acompanhando as mudanças ocorridas nas Contas Nacionais do Brasil, recentemente.

Com os novos procedimentos, a série calculada redimensiona todo o histórico do crescimento econômico das Unidades da Federação. Neste sentido, conhecer a nova série é relevante para a compreensão das transformações da realidade econômica do Brasil e de suas Unidades Federativas.

Dentre as principais alterações metodológicas merecem destaque as ocorridas nas Telecomunicações que passam a ser Serviço de Informação, abrangendo, além das telecomunicações, consultoria em hardware, software, processamento de dados, atividades de banco de dados e distribuição on-line, como também as de agências de notícias, rádio e cinematográfica e outras. Evidenciam-se, ainda, as atividades de Serviços Prestados às Famílias e às Empresas, que representam informações importantes decorrentes das transformações mundiais das empresas, sobretudo as da iniciativa privada.

Os resultados de 2005 posicionam o Ceará na 12a colocação, dentre as 27 Unidades da Federação, e em 30 lugar, em relação aos estados da Região Nordeste, fi cando atrás da Bahia e de Pernambuco, primeiro e segundo colocados, respectivamente. A economia cearense gerou R$ 40,9 bilhões e um PIB per capita de R$ 5.054, representando 43% da renda per capita brasileira (R$ 11.658). No acumulado da série, 2002-2005, a economia cearense cresceu 9,3%, o que significou uma taxa média anual de 3,1%, próxima das taxas brasileiras de 10,0%, no acumulado e 3,2%, ao ano.

Na série estimada, pelo valor adicionado a preços básicos, a economia centralizou suas atividades nos Serviços (70,9%), tendência observada em quase todas as Unidades da Federação. A Agropecuária continuou com participação pequena (6,0%) e a Indústria participou com 23,1%. Uma das prováveis causas do crescimento da participação dos Serviços na economia reside no fato das empresas adequarem-se a uma nova realidade. Ou seja, os serviços que antes eram realizados no próprio estabelecimento passaram para empresas de terceirização, compondo a atividade Serviços. Além disso, nos Serviços, ainda há uma participação forte da Administração Pública (APU) e do Comércio, com 20,3% e 14,2%, respectivamente.

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