Ceará em Números
2007
Informações socioeconômicas e geográficas ao governo e à sociedade cearenseDesenvolvimento Econômico
Produto Interno Bruto
O IBGE desenvolve, desde 1996, um programa de trabalho em parceria com Órgãos
Estaduais de Pesquisa e Estatística, Secretarias Estaduais de Governo e a Superintendência
da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA), para a construção das Contas Regionais do Brasil,
com metodologia compatível com as Contas Nacionais. Após dez anos, o sistema de Contas
Regionais passa por uma ampla reforma, acompanhando as mudanças ocorridas nas Contas
Nacionais do Brasil, recentemente.
Com os novos procedimentos, a série calculada redimensiona todo o histórico do crescimento
econômico das Unidades da Federação. Neste sentido, conhecer a nova série é relevante
para a compreensão das transformações da realidade econômica do Brasil e de suas
Unidades Federativas.
Dentre as principais alterações metodológicas merecem destaque as ocorridas nas
Telecomunicações que passam a ser Serviço de Informação, abrangendo, além das
telecomunicações, consultoria em hardware, software, processamento de dados, atividades
de banco de dados e distribuição on-line, como também as de agências de notícias, rádio e
cinematográfica e outras. Evidenciam-se, ainda, as atividades de Serviços Prestados às Famílias
e às Empresas, que representam informações importantes decorrentes das transformações
mundiais das empresas, sobretudo as da iniciativa privada.
Os resultados de 2005 posicionam o Ceará na 12a colocação, dentre as 27 Unidades da
Federação, e em 30 lugar, em relação aos estados da Região Nordeste, fi cando atrás da
Bahia e de Pernambuco, primeiro e segundo colocados, respectivamente. A economia
cearense gerou R$ 40,9 bilhões e um PIB per capita de R$ 5.054, representando 43% da renda
per capita brasileira (R$ 11.658). No acumulado da série, 2002-2005, a economia cearense
cresceu 9,3%, o que significou uma taxa média anual de 3,1%, próxima das taxas brasileiras
de 10,0%, no acumulado e 3,2%, ao ano.
Na série estimada, pelo valor adicionado a preços básicos, a economia centralizou suas
atividades nos Serviços (70,9%), tendência observada em quase todas as Unidades da
Federação. A Agropecuária continuou com participação pequena (6,0%) e a Indústria
participou com 23,1%. Uma das prováveis causas do crescimento da participação dos
Serviços na economia reside no fato das empresas adequarem-se a uma nova realidade.
Ou seja, os serviços que antes eram realizados no próprio estabelecimento passaram para
empresas de terceirização, compondo a atividade Serviços. Além disso, nos Serviços, ainda
há uma participação forte da Administração Pública (APU) e do Comércio, com 20,3% e
14,2%, respectivamente.
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