3 - Indicadores Sociais
3.3 - Saúde
Na seção concernente à saúde, mapearam-se indicadores referentes ao número de unidades, de leitos e de profissionais de saúde ligados ao SUS para o ano de 2010, assim como a incidência dos tipos de doença que mais ocorreram no Estado para o citado ano, sendo a fonte dos dados a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA).
A partir dos mapas temáticos elaborados, visualizam-se os municípios em melhores ou piores situações para determinado indicador estudado, analisam-se os agrupamentos de municípios com a presença dos maiores e menores índices médios estabelecendo assim comparações entre os municípios, gerando desta forma informações necessárias para o planejamento de políticas públicas na área da saúde. Também foi realizado o mapeamento da esperança de vida ao nascer para os anos de 1991, 2000 e 2010, permitindo-se fazer um comparativo da distribuição espacial destes indicadores em nível municipal para o período citado.
No ano de 2010, o Ceará registrou um total de 3.407 unidades de saúde ligadas ao SUS, sendo 2.964 (87%) públicas e 443 (13%) privadas. Deste total de unidades de saúde, 1.509 são centros de saúde, 177 correspondem a hospitais e 479 a postos de saúde.
No que tange ao número de leitos ligados ao SUS, registrou-se para o ano de 2010 um total de 15.837 leitos, implicando numa taxa de aproximadamente 1,87 leitos por mil habitantes. O Ceará contou com um total de 53.142 profissionais de saúde ligados ao SUS, sendo 10.250 médicos, 2.637 dentistas, 5.118 enfermeiros e 15.130 agentes de saúde. Desta forma, o Estado registrou os valores de 1,21 médicos credenciados ao SUS por mil habitantes, 0,61 enfermeiros credenciados ao SUS por mil habitantes e 0,31 dentistas credenciados ao SUS por mil habitantes.
As principais incidências das doenças de notificação compulsória com casos confirmados no ano de 2010 referem-se à Dengue com um total de 4.630 casos confirmados, seguida da Tuberculose (3.510 casos), Hanseníase (2.147 casos), Leishmaniose tegumentar (988 casos), AIDS (661 casos), Leishmaniose visceral (544 casos), Hepatite viral (450 casos), Meningite (293 casos), Leptospirose (34 casos), Tétano acidental (19 casos), e Febre Tifoide (2 casos).
Na análise de políticas públicas aplicadas na área de saúde historicamente a taxa de mortalidade infantil tem sido utilizada como um dos principais indicadores para mensurar as condições de saúde de uma população, tornando-se importante à análise deste indicador. A esperança de vida ao nascer constitui-se também em um indicador importante na mensuração da qualidade de vida das pessoas, pois a mesma avalia as condições sociais, de saúde e de salubridade por considerar as taxas de mortalidade das diferentes faixas etárias, contemplando as causas de morte ocorridas em função de doenças e as provocadas por causas externas (violências e acidentes), sintetizando assim os efeitos de uma série de melhorias e avanços nas condições de saúde de uma população.
Para a análise da esperança de vida ao nascer, usaram-se dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) presentes na publicação Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013). Através dos mapas temáticos pode-se verificar que todos os municípios aumentaram a expectativa de vida ao nascer no período 1991/2010.
Em relação à taxa de mortalidade infantil, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SESA), o valor deste indicador em 2005 era de 18,28 por mil nascidos vivos e em 2010 reduziu-se para 13,11, evidenciando melhorias nas condições de saúde da população.