3 - Indicadores Sociais


3.1 - Indicadores de Desenvolvimento

Na seção referente aos indicadores de desenvolvimento, foram eleitos para análise o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) e o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM).

O IDH-M é um índice elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com a Fundação João Pinheiro (FJPF) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O IDH-M foi inspirado no índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o qual foi construído originalmente para medir o desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores relativos às dimensões de Educação, Longevidade e Renda. O IDH-M de cada município é fruto da média aritmética simples desses três subíndices, sendo que o mesmo varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total).

Municípios com IDH-M até 0,499 têm desenvolvimento humano classificado como muito baixo; os municípios com índices entre 0,500 e 0,599 são considerados de baixo desenvolvimento humano; os municípios com IDH-M variando de 0,600 a 0,699 são qualificados como possuindo médio desenvolvimento humano; os municípios com índices entre 0,700 e 0,999 são classificados como tendo alto desenvolvimento humano; e os municípios com IDH-M maior que 0,800 têm desenvolvimento humano qualificado como alto.

Foram mapeados o IDH-M (e seus subíndices) dos municípios cearenses referentes aos anos de 1991, 2000 e 2010, permitindo-se fazer uma comparação temporal dos municípios que obtiveram ou não melhoras no que tange ao desenvolvimento humano neste período.

Em 1991, tinha-se 183 municípios classificados na situação de muito baixo desenvolvimento (índices inferiores a 0,500), onde somente Fortaleza foi enquadrado na categoria de baixo desenvolvimento humano (IDH-M entre 0,500 e 0,599).

No ano 2000, a condição de desenvolvimento humano das populações dos municípios do Ceará melhorou quando comparado ao ano de 1991, pois se verificou que 23 cidades detiveram a categorização de baixo desenvolvimento e 1 (Fortaleza) de médio desenvolvimento (IDHM entre 0,600 e 0,699). Não obstante, teve-se ainda o registro de 160 municípios qualificados como de muito baixo desenvolvimento humano.

Em 2010, pode-se constatar pela análise do mapa temático que nenhum município foi considerado como tendo muito baixo desenvolvimento humano, representado um avanço na qualidade de vida da população do Estado. A categoria predominante foi a de médio desenvolvimento, abarcando 131 cidades. Vale comentar que os municípios com pior desempenho neste ano estão situados nas regiões do Litoral Oeste, Sertão Central e Sertão dos Inhamuns.

Cita-se também que em 2010 os municípios de Fortaleza, Sobral, Crato e Eusébio alcançaram o nível de alto (IDHM entre 0,700 e 0,799) desenvolvimento humano de acordo com a classificação do IDHM, sendo este resultado superior ao verificado ao Ceará como um todo, onde o Estado teve a categorização de médio desenvolvimento no mencionado ano.

Os municípios com os maiores IDH-M em 2010 foram Fortaleza, Sobral, Crato, Eusébio e Juazeiro do Norte. Por sua vez, os municípios de Salitre, Granja, Potengi, Itatira e Araripe registraram os menores índices.

Em relação ao Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM), o mesmo foi elaborado pelo IPECE, como resultado de uma das funções de sua missão institucional, gerando informações socioeconômicas sobre o Estado do Ceará e os seus municípios.

O IDM é composto por um conjunto de 30 indicadores subdivididos em quatro grupos: Fisiográficos, fundiários e agrícolas; Demográficos e econômicos; De infraestrutura de apoio; e Sociais.

A partir da seleção dos indicadores, foi construído um índice consolidado de desenvolvimento para cada município, bem como para cada um dos quatro grupos citados, consentindo-se fazer uma mensuração dos níveis de desenvolvimento alcançados pelos municípios do Ceará.

O IDM, e seus subíndices, referente ao ano de 2012 foram mapeados para os 184 municípios cearenses, possibilitando ter-se uma visão da distribuição espacial dos municípios em melhores e piores condições quanto a este indicador. Os municípios de Fortaleza (75,07), Eusébio (67,13), São Gonçalo do Amarante (57,06), Maracanaú (55,41) e Horizonte (55,07) apresentaram os melhores índices, enquanto que Miraíma (7,44), Arneiroz (7,74), Tarrafas (8,67), Potengi (8,75) e Catarina (9,68) obtiveram o pior desempenho no ano de 2012.

Desta forma, através do estudo de indicadores referentes a estas dimensões é, então, possível analisar quais delas e que municípios devem ser priorizados na alocação dos recursos públicos e, também, avaliar se as metas gerais e específicas de inclusão social estão sendo cumpridas.

• Mapas Temáticos - Indicadores de Desenvolvimento