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2023
Organização José Fabio Bezerra Montenegro Autores Alexsandre Lira Cavalcante Cleyber Nascimento de Medeiros Paulo Araújo Pontes Colaboradores Aprígio Botelho Lócio Luiz Nivardo Melo Filho Tiago Emanuel Gomes dos Santos Wítalo de Lima Paiva
Logo








Governador do Estado do Ceará
Elmano de Freitas da Costa

Vice-governadora do Estado do Ceará
Jade Afonso Romero

Secretaria do Planejamento e Gestão - SEPLAG
Secretário
Alexandre Sobreira Cialdini

Secretário Executivo de Gestão de Compras e Patrimônio
Sidney dos Santos Saraiva Leão

Secretário Executivo de Gestão de Pessoas
José Garrido Braga Neto

Secretária Executiva de Planejamento e Orçamento
Naiana Corrêa Lima Peixoto

Secretário Executivo de Planejamento e Gestão Interna
Antônio Roziano Ponte Linhares

Secretário Executivo de Gestão e Governo Digital
Daniel de Carvalho Bentes

Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará - IPECE
Diretor Geral
Alfredo José Pessoa de Oliveira



Montenegro, José Fábio Bezerra. Cavalcante, Alexsandre Lira. Medeiros,
Cleyber Nascimento de. Pontes, Paulo Araújo.

Índice Comparativo de Gestão Municipal - ICGM 2023 / José Fábio Bezerra Montenegro, Alexsandre Lira Cavalcante, Cleyber Nascimento de Medeiros e
Paulo Araújo Pontes. Fortaleza, Ceará: IPECE. Agosto/2025.
105p. Cores.

ISBN: 978-65-990380-5-1

  1. Economia Brasileira. 2. Economia Cearense. 3. Aspectos Econômicos. 4. Aspectos Sociais. 5. Mercado de Trabalho. 6. Finanças Públicas. 7. Gestão Pública.



Paris

INSTITUTO DE PESQUISA E ESTRATÉGIA ECONÔMICA DO CEARÁ (IPECE)  

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CEP: 60822-325 | Fortaleza, Ceará, Brasil Telefone: (85) 3101-3521
www.ipece.ce.gov.br






ÍNDICE COMPARATIVO DE
GESTÃO MUNICIPAL - ICGM 2023
DOS MUNICÍPIOS CEARENSES


Organização
José Fábio Bezerra Montenegro

Autores
Alexsandre Lira Cavalcante
Cleyber Nascimento de Medeiros
Paulo Araújo Pontes

Colaboradores
Aprígio Botelho Lócio
Luiz Nivardo Melo Filho
Tiago Emmanuel Gomes dos Santos
Wítalo de Lima Paiva



Fortaleza, agosto / 2025


Paris






O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) é uma autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento e Gestão do Estado do Ceará. Fundado em 14 de abril de 2003, o IPECE é o órgão do Governo responsável pela geração de estudos, pesquisas e informações socioeconômicas e geográficas que permitem a avaliação de programas e a elaboração de estratégias e políticas públicas para o desenvolvimento do Estado do Ceará.

Missão: Gerar e disseminar conhecimento e informações, subsidiar a formulação e avaliação de políticas públicas e assessorar o Governo nas decisões estratégicas, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Ceará.

Valores: Ética, transparência e impessoalidade; Autonomia Técnica; Rigor científico; Competência e comprometimento profissional; Cooperação interinstitucional; Compromisso com a sociedade; e Senso de equipe e valorização do ser humano.

Visão: Até 2025, ser uma instituição moderna e inovadora que tenha fortalecida sua contribuição nas decisões estratégicas do Governo.



Diretor Geral
Alfredo José Pessoa de Oliveira
Diretoria de Estudos de Gestão Pública - DIGEP
José Fabio Bezerra Montenegro
Diretoria de Estudos Econômicos - DIEC
Ricardo Antônio de Castro Pereira
Diretoria de Estudos Sociais - DISOC
José Meneleu Neto
Gerência de Estatística, Geografia e Informações - GEGIN
Rafaela Martins Leite Monteiro





Paris






ORGANIZAÇÃO
José Fábio Bezerra Montenegro

Graduado em Matemática e Mestre pela Universidade Federal do Ceará, Doutor pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada – IMPA – Rio de Janeiro com estágios de Pós-Doutorado na Unicamp/SP, Universidade de Murcia – UM/Espanha e na Universidade de Princeton – Princeton/Estados Unidos. Diretor de Estudos e Gestão Pública - DIGEP/ IPECE.


AUTORES
Alexsandre Lira Cavalcante

Doutor em Economia - CAEN/UFC, Mestre em Economia - CAEN/UFC e Bacharel em Ciências Econômicas e Ciências Contábeis - FEAACS/UFC. Analista de Políticas Públicas da Diretoria de Estudos Econômicos - DIEC.

Cleyber Nascimento de Medeiros

Doutor em Geografia - UECE, Mestre em Geociências - UFRN e Bacharel em Estatística - UFRN. Analista de Políticas Públicas da Gerência de Estatística, Geografia e Informações - GEGIN.

Paulo Araújo Pontes

Doutor em Administração Pública e Governo - FGV-SP, Mestre em Economia - CAEN/UFC e Graduado em Administração de Empresas - UECE. Analista de Políticas Públicas da Diretoria de Estudos Econômicos - DIEC.


COLABORADORES
Aprígio Botelho Lócio

Mestre em Negócios Internacionais - UNIFOR e Bacharel em Ciências Econômicas - FEAACS/UFC. Apoio Técnico da Diretoria de Estudos de Gestão Pública - DIGEP/IPECE.

Luiz Nivardo Melo Filho

Graduado em Direito pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR (2002), Diploma de Estudos Avanzados pela Universidad de Salamanca – Usal, Espanha. Assessor Técnico da Diretoria de Estudos de Gestão Pública - DIGEP/IPECE.

Tiago Emmanuel Gomes dos Santos

Pós-Graduação em Governança de TI – Faculdade Estácio e Bacharelado em Ciências da Computação – Faculdade Lourenço Filho. Apoio Técnico da Diretoria de Estudos de Gestão Pública - DIGEP/IPECE.

Wítalo de Lima Paiva

Doutor em Economia - CAEN/UFC, Mestre em Economia Rural - UFC e Bacharel em Ciências Econômicas - UFC. Analista de Políticas Públicas da Diretoria de Estudos Econômicos - DIEC.










APRESENTAÇÃO
\(\hspace{1.2cm}\) Elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) e inicialmente divulgado por meio da (IPECE, 2018), o Índice Comparativo de Gestão Municipal - ICGM, tem como objetivo central analisar, de forma relativa, os municípios do Ceará, comparando a qualidade na gestão pública municipal. O Índice subsidia, de forma contínua, os gestores públicos para a tomada de decisões e proposições de políticas públicas.

Em 2021, a partir da edição “Índice Comparativo de Gestão Municipal - ICGM 2019”, foram realizados alguns aprimoramentos metodológicos que permitiram uma maior orientação aos prefeitos para gerir melhor a administração dos seus municípios, onde dois pontos são destacados: (i) elaboração do Ranking seguindo o critério por porte populacional em quatro grupos e (ii) ampliação da quantidade de indicadores, agregados em quatro dimensões: Planejamento, Recursos Financeiros, Serviços e Transparência.

\(\hspace{1.2cm}\) Nesta edição, o cálculo do ICGM 2023 segue a mesma (IPECE, 2024) que define uma forma, mais simples e apropriada, para a padronização dos indicadores e cálculo do Índice Comparativo de Gestão Municipal - ICGM. Por fim, o ICGM se propõe auxiliar os gestores públicos municipais em análises para o aperfeiçoamento do planejamento e da gestão nos municípios, além de apoiar o governo do Estado em estratégias e políticas públicas que fortaleçam a gestão dos municípios cearenses.



José Fabio Bezerra Montenegro

Diretor de Estudos de Gestão Pública










ILUSTRAÇÕES


Figura 1: As quatro dimensões do Índice Comparativo de Gestão Municipal - ICGM. Fonte e elaboração: IPECE.

Figura 2: Dimensões, Grupos e Indicadores do Índice Comparativo de Gestão Municipal - ICGM. Fonte e elaboração: IPECE.

Figura 3: Etapas do Processo de Cálculo do ICGM. Fonte e Elaboração: IPECE.


Quadro 1: Propriedades necessárias para a construção de um Indicador.


Tabela 1: Municípios Cearenses por Porte e Faixa Populacional - População, Área e Densidade Demográfica - 2022.

Tabela 2: Estatísticas Descritivas para o ICGM 2023 - Municípios do Grupo Populacional 1.

Tabela 3: Região de Planejamento, População e Índice do ICGM 2023 por Ranking para os Municípios do Grupo Populacional 1.

Tabela 4: Estatísticas Descritivas para o ICGM 2023 - Municípios do Grupo Populacional 2.

Tabela 5: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 2 com maior ICGM 2023, Região de Planejamento, População e Índice..

Tabela 6: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 2 com menor ICGM 2023, Região de Planejamento, População e Índice..

Tabela 7: Estatísticas Descritivas para o ICGM 2023 - Municípios do Grupo Populacional 3..

Tabela 8: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 3 com maior ICGM 2023, Região de Planejamento, População e Índice.

Tabela 9: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 3 com menor ICGM 2023, Região de Planejamento, População e Índice.

Tabela 10: Estatísticas Descritivas para o ICGM 2023 - Municípios do Grupo Populacional 4..

Tabela 11: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 4 com maior ICGM 2023, Região de Planejamento, População e Índice.

Tabela 12: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 4 com menor ICGM 2023, Região de Planejamento, População e Índice.


Gráfico 1: Valores Padronizados dos Indicadores para o Município de Sobral (1º lugar)

Gráfico 2: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Crato (2º lugar)

Gráfico 3: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Caucaia (3º lugar)

Gráfico 4: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Juazeiro do Norte (8º lugar)

Gráfico 5: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Itapipoca (7º lugar)

Gráfico 6: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Maracanaú (6º lugar)

Gráfico 7: Valores Padronizados dos Indicadores para o Município de Tauá (1º lugar)

Gráfico 8: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Granja (2º lugar)

Gráfico 9: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Acaraú (3º lugar)

Gráfico 10: Valores Padronizados dos Indicadores para o Município de Pacatuba (29º lugar)

Gráfico 11: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Iguatu (28º lugar)

Gráfico 12: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Morada Nova (27º lugar)

Gráfico 13: Valores Padronizados dos Indicadores para o Município de Jijoca de Jericoacara (1º lugar)

Gráfico 14: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Novo Oriente (2º lugar)

Gráfico 15: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Senador Pompeu (3º lugar)

Gráfico 16: Valores Padronizados dos Indicadores para o Município de Missão Velha (60º lugar)

Gráfico 17: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Amontada (59º lugar)

Gráfico 18: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Itapajé (58º lugar)

Gráfico 19: Valores Padronizados dos Indicadores para o Município de Cariré (1º lugar)

Gráfico 20: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Jaguaretama (2º lugar)

Gráfico 21: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Solonópole (3º lugar)

Gráfico 22: Valores Padronizados dos Indicadores para o Município de Poranga (87º lugar)

Gráfico 23: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Tururu (86º lugar)

Gráfico 24: Valores padronizados dos Indicadores para o Município de Tejuçuoca (85º lugar)


Mapa 1: ICGM 2023 dos municípios do Grupo Populacional 1.

Mapa 2: ICGM 2023 dos municípios do Grupo Populacional 2.

Mapa 3: ICGM 2023 dos municípios do Grupo Populacional 3.

Mapa 4: ICGM 2023 dos municípios do Grupo Populacional 4.








INTRODUÇÃO

O Índice Comparativo de Gestão Municipal - ICGM, tem como objetivo central elaborar uma análise relativa dos 184 municípios cearenses, através da comparação da qualidade na gestão pública. O Índice serve como subsídio à tomada de decisão dos gestores públicos e proposição de políticas para a melhoria contínua do planejamento e da gestão pública municipal, além de promover uma competitividade saudável entre os municípios e estimular uma maior integração entre Governo e a sociedade civil.

\(\hspace{1.2cm}\) O ICGM foi elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) e inicialmente divulgado por meio da (IPECE, 2018). Alguns aprimoramentos metodológicos foram realizados, a partir de 2021, com a edição “Índice Comparativo de Gestão Municipal - ICGM 2019”, como a elaboração do Ranking seguindo o critério por porte populacional, redução para quatro dimensões e ampliação para treze indicadores, o que permite uma abrangência maior na orientação aos prefeitos com relação ao planejamento, execução orçamentária, oferta de serviços de qualidade e transparência da gestão pública dos municípios cearenses.

\(\hspace{1.2cm}\)A consolidação destes aprimoramentos está descrita na (IPECE, 2024) que tem como objetivo definir uma nova forma, mais simples e apropriada, para a padronização dos indicadores e cálculo do ICGM.

Nesta edição, o ICGM é composto por treze indicadores, agregados em quatro dimensões: Planejamento, Recursos Financeiros, Serviços e Transparência. Desta forma é possível verificar o Ranking dos municípios cearenses, em quatro grupos populacionais. O índice tem como finalidade apoiar o governo do Estado em estratégias e políticas, além de auxiliar os gestores públicos municipais em análises para o aperfeiçoamento do planejamento e da gestão nos municípios.

Esta publicação é composta por quatro capítulos, além desta introdução, a saber: 1. Índice de Gestão Municipal; 2. Metodologia do ICGM; 3. Resultados; e 4. Considerações Finais, complementado pelas Referências Bibliográficas e Apêndices.





1. ÍNDICE DE GESTÃO MUNICIPAL
\(\hspace{1.2cm}\) Tratar os municípios juntamente com a União, Estados e Distrito Federal, como entes federativos, com autonomia administrativa, política e financeira, foi uma inovação trazida pela Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 - Arts. 1º e 18º O que levou à necessidade de aumento dos repasses financeiros municipais advindos da participação nos tributos federais e estaduais e demais transferências de recursos, como forma de complementar as receitas próprias daqueles entes federativos.

\(\hspace{1.2cm}\) Conforme quatro princípios fazem parte da chamada autonomia municipal: “i) poder de auto-organização (elaboração de lei orgânica própria); ii) poder de autogoverno (eleição do prefeito, do vice-prefeito e dos vereadores); iii) poder normativo próprio ou auto legislação (elaboração de leis municipais dentro dos limites de atuação traçados pela Constituição da República); e iv) poder de autoadministração (administração própria para criar, manter e prestar os serviços de interesse local, bem como legislar sobre os tributos e suas rendas)”.

Os resultados alcançados a partir dos princípios “poder de auto-organização” e principalmente “poder de autoadministração”, estão diretamente relacionados ao que se espera de uma gestão pública ideal. Para que o município consiga avançar, melhorando a qualidade de vida dos seus cidadãos, entendendo e superando seus limites e desafios, faz-se necessário um aprimoramento na qualidade da gestão pública municipal, que somente será possível a partir de políticas públicas baseadas em evidências.

Diante disto surge algumas questões relevantes como: Em que áreas, estes municípios mais se destacam? Como mensurar resultados de várias ações da gestão de um município para poder comparar a performance destes? Que técnicas podem e devem ser empregadas para monitorar e avaliar os esforços e os resultados de cada gestor municipal? Estas indagações instigaram algumas instituições, cada uma com seu propósito, desenvolver índices capazes de captar os resultados das gestões públicas municipais e tentar descobrir as repostas mais assertivas.

\(\hspace{1.2cm}\)Como citado na última edição do ICGM, algumas instituições elaboraram seus próprios índices de gestão pública municipal, a saber: Rede Nacional de Indicadores Públicos (Rede Indicon em parceria com o Instituto Rui Barbosa (IRB): Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN): Conselho Federal de Administração (CFA): e Centro de Liderança Pública (CLP): Por fim, Instituto Aquila:



1.1 Índice de Efetividade da Gestão Municipal - IEGM
\(\hspace{1.2cm}\) O Índice de Efetividade da Gestão Municipal - IEGM teve por finalidade analisar a eficiência das prefeituras paulistas, isto é, medir a “qualidade dos gastos municipais e avaliar as políticas e atividades públicas do gestor municipal, bem como verificar, ao longo do tempo, se a visão e objetivos estratégicos dos municípios estão sendo alcançados de forma efetiva”.

\(\hspace{1.2cm}\) Após duas edições, o IEGM tornou-se um índice extensível a todos os Tribunais de Contas do Brasil através da Rede Nacional de Indicadores Públicos (Rede Indicon) em parceria com o Instituto Rui Barbosa e passou a ser denominado IEGM/Brasil. A Rede Indicon realiza a validação do IEGM e a revisão metodológica, enquanto o IRB disponibiliza a tabela estruturada de dados do IEGM que é a base para os Tribunais de Contas aplicarem o questionário do indicador e “reunir informações que possam servir de parâmetros para subsidiar as ações de controle externo, aperfeiçoar as ações governamentais, fornecer informações aos cidadãos sobre a gestão local, além de produzir estudos sobre políticas públicas”.

O IEGM é composto por sete dimensões da gestão municipal: Planejamento, Gestão Fiscal, Educação, Saúde, Meio Ambiente, Proteção dos Cidadãos e Governança em Tecnologia da Informação. Para cada dimensão, são utilizados indicadores específicos, ponderados e combinados de maneira a refletir o desempenho global do município.

Em 2023, o estado do Ceará ficou na 8ª posição no ranking das Unidades Federativas com IEGM de 0,3970. Os dez municípios cearenses com maiores IEGM são: Sobral (0,778); Fortaleza (0,579); Tauá (0,5505); Aracati (0,5275); Caucaia (0,5275); Cascavel (0,5155); Uruoca (0,507); Crato (0,504); Guaraciaba do Norte (0,5025) e Maracanaú (0,4925).

1.2 Índice FIRJAN de Gestão Fiscal - IFGF
\(\hspace{1.2cm}\)A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro cujo foco é a competitividade das indústrias e o desenvolvimento econômico, elaborou um índice que auxilia os gestores públicos a entenderem a qualidade da sua gestão fiscal, de forma a mostrar que pontos precisam ser melhorados a fim de atrair mais indústrias.

\(\hspace{1.2cm}\) O Índice FIRJAN de Gestão Fiscal - IFGF foi lançado em 2012, com o objetivo de analisar a eficiência da gestão fiscal, a partir da administração dos recursos públicos por parte das prefeituras com vistas à melhoria do ambiente de negócios nos municípios. A princípio, esta análise se daria apenas nos municípios do estado do Rio de Janeiro, mas dada a relevância da questão, resolveu-se analisar, também, as contas de todos os municípios brasileiros.

Além do seu objetivo principal, o IFGF, também, contribui para auxiliar os gestores municipais na administração das contas púbicas com eficiência; ajudar os cidadãos no controle social sobre a administração dos recursos públicos; e permitir os investidores avaliarem as melhores opções de ambiente de negócios.

O IFGF é composto por quatro indicadores, que assumem o mesmo peso para o cálculo do índice geral: IFGF Autonomia, IFGF Gastos com Pessoal, IFGF Liquidez e IFGF Investimentos.

Os dez municípios cearenses com maiores IFGF, em 2023 foram: Maracanaú (0,9179); Eusébio (0,8929); São Gonçalo do Amarante (0,8545); Fortim (0,8499); Ibicuitinga (0,8134); Moraújo (0,7914); Paraipaba (0,7708); Chorozinho (0,7591); Tejuçuoca (0,7541); e Parambu (0,7500).

1.3 Índice CFA de Governança Municipal - IGM-CFA
\(\hspace{1.2cm}\) De acordo com a Lei nº 4.769/1965, o Conselho Federal de Administração (CFA) é o órgão normativo, consultivo, orientador e disciplinador que tem como finalidade controlar e fiscalizar o exercício da profissão de Técnico de Administração bem como das atividades administrativas e financeiras do Sistema CFA/CRAs.

\(\hspace{1.2cm}\) Em 2016, o CFA criou o Índice CFA de Governança Municipal com o objetivo principal de auxiliar os gestores públicos a conhecerem melhor as necessidades dos seus municípios, bem como boas práticas de gestão e possíveis oportunidades para melhorar a gestão municipal. O Índice também se propõe: estimular a participação social e uma maior integração do governo com a sociedade; orientar o setor privado em suas ações voltadas para o desenvolvimento local; e facilitar diversas análises e pesquisas sobre a realidade dos municípios brasileiros.

O Índice CFA de Governança Municipal (IGM-CFA) está organizado em três dimensões e quinze indicadores, a citar: Dimensão Finanças (4 indicadores: i. Fiscal; ii. Investimento per capita; iii. Custo do legislativo; e iv. Equilíbrio previdenciário); Dimensão Gestão (3 indicadores: i. Planejamento; ii. Colaboradores; e iii. Transparência); e Dimensão Desempenho (5 indicadores: i. Saúde; ii. Educação; iii. Segurança; iv. Saneamento e Meio Ambiente; e v. Vulnerabilidade Social). Os municípios foram montados em oito grupos, levando em consideração o porte populacional e o PIB per capita.

A média do IGM-CFA do Ceará foi de 5,92 e os 11 municípios do estado do Ceará que obtiveram os maiores resultados no Índice CFA de Governança Municipal, em 2023, foram: Tauá (7,72); Fortim (7,65); Ibicuitinga (7,27); Irauçuba (7,13); Cariré (7,08); Aiuaba (7,01); Pacoti (6,99); Uruoca (6,95); São Benedito (6,91); Araripe e Solonópole (6,87).

1.4 Ranking de Competitividade dos Municípios

O Centro de Liderança Pública (CLP), fundado em 2008, tem como objetivo “formar líderes públicos com foco na promoção de transformações sociais por meio da eficácia da gestão e da melhoria da qualidade das políticas públicas”.

Em 2011, o CLP, em parceria com a Economist Intelligence Unit e Tendências Consultoria Integrada (a partir de 2015), elaborou o Ranking de Competitividade dos Estados, criado com o objetivo de subsidiar a gestão pública, ao apontar os resultados obtidos a partir das ações dos governos estaduais, apresentando informações para a elaboração de políticas baseadas em evidências.

Além disso, o Ranking provoca a competitividade saudável entre as unidades federativas com a finalidade de estimular seus líderes a repensarem o tema gestão pública com base em monitoramento e avaliação dos seus indicadores.

\(\hspace{1.2cm}\) Em 2020, o CLP lançou o com o mesmo objetivo, porém voltado para a gestão municipal, ou seja, com “o intuito de gerar diagnósticos e direcionamentos para a atuação dos líderes públicos municipais”

\(\hspace{1.2cm}\) O referido Ranking municipal tem como objetivo servir como um sistema de incentivo e fiscalização à legislação e aos gestores públicos; como um mecanismo de avaliação e cobrança de resultados por parte dos cidadãos; e por fim, como instrumento de promoção de melhores práticas na gestão pública municipal. O Ranking foi aplicado para 404 municípios do país com população acima de 80 mil habitantes, com base nos dados definitivos do

Conforme a 5ª e última Edição, o Ranking de Competitividade dos Municípios está organizado em 3 dimensões, organizados em 12 pilares temáticos e composto por 55 indicadores. A primeira dimensão, “Instituições”, é composta por 2 pilares e 9 indicadores: Sustentabilidade Fiscal (4 indicadores) e Funcionamento da Máquina Pública (6 indicadores). A segunda dimensão, “Sociedade”, é composta por 6 pilares e 27 indicadores: Acesso à Saúde (4 indicadores); Qualidade da Saúde (3 indicadores); Acesso à Educação (6 indicadores); Qualidade da Educação (4 indicadores); Segurança (5 indicadores); Saneamento (6 indicadores); e Meio Ambiente (5 indicadores). A terceira dimensão, “Economia”, é composta por 4 pilares e 19 indicadores: Inserção Econômica (3 indicadores); Inovação e Dinamismo Econômico (8 indicadores); Capital Humano (3 indicadores); e Telecomunicações (5 indicadores).

\(\hspace{1.2cm}\) Na publicação do Ranking de Competitividade dos Estados, o Ceará obteve Nota Geral igual a 42,9, colocando o estado do Ceará na 14ª posição dentre as unidades da Federação. Conforme a publicação do Ranking de Competitividade dos Municípios, Edição 2024 , dentre os 14 municípios cearenses, com população acima de 80 mil habitantes, Fortaleza obteve a melhor pontuação (54,75) no Ceará, ficando na 96ª posição do Ranking Nacional. Na sequência seguem os municípios e suas respectivas pontuações: Sobral (52,49); Crato (49,18); Juazeiro do Norte (47,77); Iguatu (47,76); Maracanaú (47,66); Itapipoca (46,85); Tianguá (46,50); Quixadá (46,14); Caucaia (45,38); Pacatuba (44,93); Quixeramobim (44,62); Maranguape (44,57); e Aquiraz (44,28).


1.5 Índice de Gestão Municipal Aquila - IGMA
\(\hspace{1.2cm}\) Elaborado pelo Instituto Aquila, consultoria internacional de gestão de origem brasileira, o tem o objetivo de “medir o nível de excelência dos municípios brasileiros e promover o Ciclo Virtuoso do Desenvolvimento Humano”, apoiando a tomada de decisão, transformando a administração pública e oferecendo serviços com mais qualidade para a população.

O IGMA coleta dados públicos de 5.568 municípios brasileiros e é composto por seis pilares e contempla 71 indicadores: i. Governança, Eficiência Fiscal e Transparência (16 indicadores); ii. Educação (14 indicadores); iii. Saúde e Bem-estar (12 indicadores); iv. Infraestrutura e Mobilidade Urbana (8 indicadores); v. Sustentabilidade (11 indicadores); e vi. Desenvolvimento Socioeconômico e Ordem Pública (10 indicadores).

\(\hspace{1.2cm}\)Na publicação do Índice de Gestão Municipal Aquila (IGMA), o Ceará obteve Nota Geral igual a 50,13, colocando o estado do Ceará na 11ª posição dentre as unidades da Federação. Conforme esta mesma publicação, dentre os municípios cearenses, Sobral obteve a melhor pontuação (64,43) no Ceará. Na sequência seguem os municípios e suas respectivas pontuações: Eusébio (64,27); Fortaleza (63,10); Horizonte (60,12); Uruoca (59,84); Guaraciaba do Norte (59,16); Jijoca de Jericoacoara (59,02); São Gonçalo do Amarante (58,81); Nova Russas (58,10); e Limoeiro do Norte (57,77).


1.6 Índice Comparativo de Gestão Municipal - ICGM

Entendendo a necessidade de analisar e auxiliar, com evidências, a gestão pública municipal cearense, o IPECE buscou desenvolver uma metodologia própria focada na realidade e especificidade dos municípios do Ceará. Em 2018, o Instituto propôs o Índice Comparativo de Gestão Municipal - ICGM a partir de cinco dimensões: Gestão Fiscal, Planejamento, Transparência, Resultado e Eficiência, capazes de analisar o desempenho dos gestores municipais. Após aperfeiçoamento metodológico, baseado na literatura mais recente, o ICGM passou a abordar um número maior de indicadores, distribuídos em quatro dimensões essenciais: Planejamento, Recursos Financeiros, Serviços e Transparência, conforme Figura 1.

No Planejamento se faz necessário analisar a capacidade do poder público municipal de pagar as despesas dentro do próprio exercício, obedecendo ao seu planejamento orçamentário, e sua capacidade de obter recursos de transferências por meio de convênios com outros entes. São utilizados dois indicadores: Captação de Recursos e Restos a Pagar Pagos.

Com relação aos Recursos Financeiros e tendo como base a execução orçamentária, percebe-se a necessidade de identificar e monitorar fatores como a rigidez das despesas orçamentarias e o esforço do poder público municipal em aumentar ou diversificar suas fontes de recursos próprios. Esta dimensão é composta por sete indicadores distribuídos em três grupos: Grupo 1 - Composição das Receitas formada por dois indicadores: Independência Tributária e Complexidade Tributária; Grupo 2 - Alocação das Despesas, também com dois indicadores: Despesa de Pessoal e Investimentos; e Grupo 3 - Comprometimento da Receita Corrente Líquida, com três indicadores: Gasto com Pessoal pela Receita Corrente Líquida; Gasto com Saúde pela Receita Corrente Líquida; e Gasto com Educação pela Receita Corrente Líquida.

No aspecto de Serviços, busca-se avaliar a qualidade dos serviços prestados pelo poder público municipal aos seus cidadãos, em pelo menos três pontos: educação, saúde e meio ambiente. Para tanto usa-se três indicadores: Índice de Qualidade da Educação; Índice de Qualidade da Saúde; e Índice de Qualidade do Meio Ambiente, índices já consolidados e de reconhecimento no meio científico e que são oriundos da metodologia do Cálculo da Cota Parte do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), elaborados anualmente pelo IPECE.

Por fim, a Transparência, deve-se analisar o compromisso de diálogo e interação com a sociedade, e principalmente, a prestação de contas com os contribuintes, apresentando lisura no bom uso do dinheiro público, além de ser uma obrigação legal. Essa dimensão possui apenas um indicador: Indicador de Transparência.

A princípio, estas quatro dimensões parecem contribuir isoladamente, mas há uma interação e integração entre elas. A exemplo, não adiantará a posse de Recursos Financeiros se não houver Planejamento bem executado. Assim como transparência sem a presença de serviços de qualidade.

A partir desse entendimento, é possível compreender a relevância do ICGM para a gestão pública, como um importante instrumento de análise da eficiência e efetividade das ações dos prefeitos, possibilitando um maior conhecimento da realidade dos municípios cearenses. Além de gerar informações para estudos e pesquisas, o índice incentiva a gestão pública na elaboração de políticas para o desenvolvimento local e a atração de novos investimentos do setor privado.

Com o resultado do cálculo do ICGM será possível criar um ordenamento, por valores, dos municípios que registram os maiores até os de menores valores. Ao comparar indicadores econômicos, sociais, ambientais e institucionais, provoca-se uma competitividade saudável entre os municípios cearenses, o que leva ao estímulo dos gestores públicos municipais a repensar sua administração, além de incentivar a cobrança de resultados por parte dos munícipes, aumentando a integração do governo e a sociedade. Cabe salientar que o ganho ou perda intertemporal da posição do município no Ranking é relativo, ou seja, depende tanto do desempenho da gestão daquele município quanto de seus pares.

Por fim a partir da identificação das necessidades e realidades dos municípios, apontadas pelo ICGM, o gestor estadual poderá orientar sua tomada de decisão e elaboração de políticas públicas.

2. METODOLOGIA DO ICGM

A construção de índices de gestão para os estados brasileiros é mais factível do que para os municípios, onde sua principal limitação recai sobre a disponibilidade de dados. Além disso problemas como descontinuidade de informação dificulta a escolha de indicadores que alicercem a construção de um índice de gestão municipal.

Na contramão disto, a legislação sobre transparência e informação, o aumento na fiscalização e a cobrança pelos Tribunais de Contas e o desenvolvimento da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) podem ser considerados os principais responsáveis pelo aumento na disponibilidade de bases de dados municipais, permitindo, atualmente, a criação de indicadores que auxiliem no monitoramento e avaliação das políticas públicas em prol da eficiência e efetividade da gestão pública.

Neste contexto e com o objetivo de identificar as melhores variáveis por área, para a formulação do ICGM, foram definidas quatro dimensões, a saber: Planejamento, Recursos Financeiros, Serviços e Transparência. A partir destas áreas foram selecionados, inicialmente treze indicadores, apresentados a seguir na Figura 2.



2.1 Dimensões e Indicadores

2.1.1 Planejamento

\(\hspace{1.2cm}\) Relativamente aos indicadores de planejamento do setor público municipal, buscou-se, de forma sintética, a partir dos dados constantes no Relatório Resumido de Execução Orçamentária saber a capacidade do poder público municipal de obter recursos de transferência, por meio de convênios, de outros entes e se está pagando ou não suas despesas dentro do próprio exercício, obedecendo ao seu planejamento orçamentário.

Destaque-se que para a obtenção desse tipo de recursos o município deve empreender um considerável esforço para o qual se pressupõem a existência de uma estrutura burocrática qualificada.

Para essa análise, foram identificados dois indicadores que ajudam na análise do planejamento orçamentário do município: Captação de Recursos (CR) e Restos a Pagar Pagos (RPP). As fichas técnicas destes dois indicadores se encontram no Apêndice 1.

2.1.1.1 Captação de Recursos (CR)

O primeiro indicador dessa primeira dimensão, Captação de Recursos (CR), busca mensurar a importância que os recursos de convênios apresentam na execução orçamentária. Como as transferências por convênio são voluntárias e, normalmente, exigem a elaboração de planejamento de ações, entende-se, facilmente, que os municípios que apesentem maiores montantes recebidos dessa forma possuem estrutura burocrática suficientemente organizada e capacitada para identificar e providenciar a habilitação do município para recebê-los.

\(\hspace{1.2cm}\) O cálculo do indicador Captação de Recursos (CR) é obtido pela razão entre o valor total dos Recursos Captados em Convênio (RCC) e o valor total da Receita Corrente - 1.0.0.0.00.0.0 (RC) do município em um determinado ano, ou seja, quanto maior esse indicador, significa que o município tem mais capacidade de realizar convênios para o aumento das suas próprias receitas no presente ano. Esse indicador é proposto em Riani

Os dados são disponibilizados pelo Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI) / Consultas / Consultas Finbra / Contas Anuais / Receitas Orçamentárias (Anexo I - C). O valor de Recursos Captados em Convênio (RCC) é obtido pelas contas:

2.1.1.2 Restos a Pagar Pagos (RPP)

O segundo indicador dessa primeira dimensão é Restos a Pagar Pagos (RPP). É importante lembrar que no começo de cada exercício o município necessita apresentar uma programação de pagamento de Restos a Pagar de exercícios anteriores, logo se o planejamento for coerente com a capacidade financeira do município, é esperado que sejam pagos a totalidade, ou valores próximos, do que foi inicialmente programado.

O valor do indicador Restos a Pagar Pagos (RPP) é, também, obtido no SICONFI / Consultas / Consultas Finbra / Contas Anuais / Execução de Restos a Pagar (Anexo I - G). O cálculo é obtido pela razão entre a soma do valor total das despesas, exceto as intraorçamentárias, dos Restos a Pagar Não Processados Pagos - RPNPPg (c) mais os Restos a Pagar Processados Pagos - RPPPg (i) pela soma do valor total dos Restos a Pagar Não Processados (RPNP) mais os Restos a Pagar Processados (RPP), ou seja, quanto maior esse indicador, significa que mais os gestores estão preocupados com a solvência das contas públicas para os exercícios futuros.

Os Restos a Pagar Não Processados (RPNP) é a soma dos Restos a Pagar Não Processados em Exercícios Anteriores - RPNPea (a) mais os Restos a Pagar Não Processados em 31 de dezembro do ano anterior - RPNP\(_{3112}\) (b). Os Restos a Pagar Processados (RPP) é a soma dos Restos a Pagar Processados em Exercícios Anteriores - RPPea (f) mais os Restos a Pagar Processados em 31 de dezembro do ano anterior - RPNP\(_{3112}\) (g).

2.1.2 Recursos Financeiros

A segunda dimensão tem por base a execução orçamentária dos municípios, mensurando características relacionadas tanto as receitas como as despesas. Busca-se, nesta dimensão, identificar fatores como a rigidez das despesas orçamentarias e o esforço do poder público municipal em aumentar ou diversificar suas fontes de recursos próprios.

Esta segunda dimensão é dividida em três grupos distintos: (i) Composição das Receitas; (ii) Alocação das Despesas; e (iii) Comprometimento da Receita Corrente Líquida.

No primeiro grupo da Composição das Receitas são utilizados dois indicadores: Independência Tributária (IT) e Complexidade Tributária (CT). No segundo grupo da Alocação das Despesas também são utilizados dois indicadores: Despesa de Pessoal (DP) e Investimentos (INV). Por fim, no terceiro grupo do Comprometimento da Receita Corrente Líquida são utilizados três indicadores: Gasto com Pessoal pela Receita Corrente Líquida (GPRCL); Gasto com Saúde pela Receita Corrente Líquida (GSRCL) e Gasto com Educação pela Receita Corrente Líquida (GERCL). As fichas técnicas de todos estes indicadores se encontram no Apêndice 1.

2.1.2.1 Composição das Receitas

O primeiro grupo de indicadores desta segunda dimensão, Composição da Receita, tem por objetivo analisar o esforço que o poder público municipal empreende para melhorar sua capacidade de financiamento com recursos próprios.

2.1.2.1.a. Independência Tributária (IT)

\(\hspace{1.2cm}\) Nesse sentido, o primeiro indicador Independência Tributária (IT) permite mensurar diretamente quanto da receita corrente municipal provêm de tributos e taxas arrecadados pelo próprio município

O valor do indicador Independência Tributária (IT) é, também, obtido no SICONFI / Consultas / Consultas Finbra / Contas Anuais / Receitas Orçamentárias (Anexo I - C). O cálculo é obtido pela razão entre o valor total das Receitas Tributárias (RT), composto pela conta Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria - 1.1.0.0.00.0.0 e o valor total da Receita Corrente - 1.0.0.0.00.0.0 (RC) em um determinado ano, ou seja, quanto maior esse indicador, maior o esforço do gestor em aumentar a arrecadação própria do município e menor dependência de transferências e repasses da União e do Estado.

2.1.2.1.b. Complexidade Tributária (CT)

Em seguida, no indicador de Complexidade Tributária (CT), pretende-se verificar se as receitas municipais são diversificadas ou concentradas em um ou dois tributos. Deve-se pontuar que a receita tributária mais diversificada é desejada por refletir uma estrutura tributária não concentrada em uma única fonte de receita. Deve-se pontuar, também, que uma maior complexidade é um indicativo da existência de uma estrutura tributária local, na forma de legislação e organização específica, mais complexa.

\(\hspace{1.2cm}\) Para o cálculo do Indicador de Complexidade Tributária (CT) foi utilizado o Índice de Herfindahl-Hirschman (IHH), sugerido por Araújo e Siqueira que permite identificar o quanto a receita tributária é concentrada entre os tributos locais, ou seja, quanto maior pior é a complexidade tributária deste município.

O valor do indicador Complexidade Tributária (CT) é, também, obtido no SICONFI / Consultas / Consultas Finbra / Contas Anuais / Receitas Orçamentárias (Anexo I - C). Para o cálculo do Índice de Herfindahl- Hirschman (IHH) são utilizadas as seguintes contas:

2.1.2.2 Alocação das Despesas

No segundo grupo desta segunda dimensão, analisa-se a Alocação das Despesas tendo por base a rigidez do gasto corrente e o gasto discricionário em investimentos.

2.1.2.2.a. Despesa de Pessoal (DP)

O primeiro indicador do segundo grupo, Despesa de Pessoal (DP), permite dimensionar o quanto da Despesa Corrente está comprometido com as Despesas de Pessoal, devendo-se lembrar de que esta última é uma despesa obrigatória e que apresenta considerável rigidez no curto prazo.

O valor do indicador Despesa de Pessoal (DP) é, também, obtido no SICONFI / Consultas / Consultas Finbra / Contas Anuais / Despesas Orçamentárias (Anexo I - D). Para o cálculo deste indicador divide-se o valor total das Despesas de Pessoal e Encargos Sociais - 3.1.00.00.00 (DP) pelo valor total das Despesas Correntes - 3.0.00.00.00 (DC) em um determinado período. Deve-se frisar que se esperam valores mais elevados, dado que a despesa com pessoal é, de uma forma geral, a principal despesa dos municípios. Quanto menor for este resultado, supõe-se que a administração do serviço público seja mais enxuta.

2.1.2.2.b. Investimentos (INV)

Já o segundo indicador do segundo grupo, Investimentos (INV), mensura a alocação nos investimentos e foi incluído na análise pois esse tipo de gasto, por hipótese, implica ou no aumento da capacidade produtiva do município, ou no incremento do bem-estar geral dos munícipes.

O valor do indicador Investimentos (INV) é, também, obtido no SICONFI / Consultas / Consultas Finbra / Contas Anuais / Despesas Orçamentárias (Anexo I - D). Este indicador é calculado a partir da razão entre o valor total de Investimentos - 4.4.00.00.00 (I) e o valor total das Despesas Orçamentárias (DO), que é dada pela somatória do valor total das Despesas Correntes - 3.0.00.00.00 (DC) e o valor total das Despesas de Capital - 4.0.00.00.00 (DK), em um determinado período. Por isso, quanto maior o resultado, melhor para o município.

2.1.2.3 Comprometimento da Receita Corrente Líquida

Por fim, o terceiro grupo de indicadores dessa segunda dimensão, objetiva mensurar o quanto a Receita Corrente Líquida (RCL) está comprometida com os gastos com Pessoal, Saúde e Educação realizados pelo poder público municipal.

O valor dos indicadores que compõem o Comprometimento da Receita Corrente Líquida é, também, obtido no SICONFI / Consultas / Consultas Finbra:

2.1.2.3.a. Gasto com Pessoal pela RCL (GPRCL)

\(\hspace{1.2cm}\) O primeiro indicador deste terceiro grupo é o Gasto com Pessoal pela Receita Corrente Líquida que reflete o comprometimento da RCL com pagamento de pessoal, sendo esse indicador preconizado pela Lei Complementar nº 101 de 4 de maio de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal que estabelece como limite máximo o percentual de 60%. Destaque-se que quanto maior esse comprometimento, menos recursos estão disponíveis para outras políticas públicas. Ultrapassado este limite o gestor municipal poderá sofrer improbidade administrativa. Espera-se que quanto menor o valor deste indicador melhor será a gestão municipal.

Para o cálculo deste indicador divide-se o valor total das Despesas de Pessoal e Encargos Sociais - 3.1.00.00.00 (DP) pelo valor da Receita Corrente Líquida (RCL) de um determinado município, obtidos a partir dos anexos “I - D” e “03”, citados anteriormente.

2.1.2.3.b. Gasto com Saúde pela RCL (GSRCL)

O segundo indicador, deste terceiro grupo, Gasto com Saúde pela Receita Corrente Líquida reflete o percentual das despesas com gastos em Saúde sobre a RCL, representando o quanto o poder público municipal compromete de seus recursos disponíveis no financiamento de serviços públicos em saúde para sua população.

Para o cálculo deste indicador divide-se o valor total das Despesas com Saúde - 10 (DS) pelo valor da Receita Corrente Líquida (RCL) de um determinado município, obtidos a partir dos anexos “I - E” e “03”, citados anteriormente.

2.1.2.3.c. Gasto com Educação pela RCL (GERCL)

Por fim, o terceiro indicador, Gasto com Educação pela Receita Corrente Líquida reflete o quanto da RCL, a gestão municipal dedica com gastos em Educação, representando o quanto o poder público municipal compromete de seus recursos disponíveis no financiamento de serviços públicos em educação para atender a sua população.

Para o cálculo deste indicador divide-se o valor total das Despesas com Educação - 12 (DE) pelo valor da Receita Corrente Líquida (RCL) de um determinado município, obtidos a partir dos anexos “I - E” e “03”, citados anteriormente.

Deve-se pontuar que o indicador de Gasto com Educação, aqui apresentado, não reflete o comprometimento do gasto mínimo com educação preconizado no Artigo 212 da Constituição Federal, porém pode ser considerado uma proxy. Espera-se que quanto maior for o Gasto com Saúde e com Educação em relação à RCL, melhor para o município.

2.1.3 Serviços

A terceira dimensão do cálculo do ICGM é a de Serviços relacionados à Educação Básica; Saúde Básica; e Limpeza Urbana e Resíduos Sólidos. A referida dimensão utiliza três conjuntos de indicadores, o Índice de Qualidade da Educação (IQE), o Índice de Qualidade da Saúde (IQS) e o Índice de Qualidade do Meio Ambiente (IQM), índices já consolidados e de reconhecimento no meio científico.

\(\hspace{1.2cm}\) Todos estes três índices são oriundos da metodologia do Cálculo da Cota Parte do Imposto sobre circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e comunicação (ICMS) elaborados e anualmente pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE) e através da legislação publicada em Diário Oficial do Estado do Ceará Os dados são enviados pelas secretarias estaduais: Secretaria da Educação (SEDUC), Secretaria da Saúde (SESA) e Secretaria do Meio Ambiente (SEMA) ao IPECE até 30 de julho de cada ano. A Cota Parte é um mecanismo de transferência de recursos aos municípios cearenses baseado em resultados em áreas consideradas estratégicas: Educação, Saúde e Meio Ambiente.

A importância dos três índices relacionados à qualidade da Educação, da Saúde e do Meio Ambiente, como instrumento de política de distribuição da quota parte do ICMS cearense, tem como objetivo principal a formulação de políticas municipais para o desenvolvimento e o avanço nestas três áreas. Portanto, daí a justificativa para sua utilização como uma das dimensões do cálculo do ICGM.

O repasse do ICMS pelo estado é uma obrigação definida na Constituição Federal e deve levar em consideração, obrigatoriamente, a arrecadação municipal e outros pontos cuja definição fica a critério dos estados.

O objetivo da metodologia do Cálculo da Cota Parte do ICMS é instituir um mecanismo de recompensa, potencializando os resultados da política estadual, premiando os municípios com bom desempenho nas áreas de Educação, Saúde e Meio Ambiente, melhorando os resultados municipais em áreas estratégicas, com especial atenção à Educação, e estimulando desempenhos mais elevados e homogêneos.

Por fim, a citada metodologia visa mudar o paradigma na gestão pública da ênfase nos gastos para a ênfase nos resultados e fortalecer uma maior parceria entre o Estado e os Municípios para obter avanços em indicadores educacionais, de saúde e de meio ambiente.

2.1.3.1 Educação Básica

2.1.3.1.a. Índice de Qualidade da Educação (IQE)

\(\hspace{1.2cm}\) O Índice de Qualidade da Educação (IQE) está fundamentado no Decreto Estadual nº 35.087, de 30 de dezembro de 2022 que aperfeiçoa e adequa a metodologia para cálculo do Índice Municipal de Qualidade Educacional (IQE) que passa a ter dois componentes: Desempenho (IQE_D) e Socioeconômico (IQE_S). O IQE é um coeficiente aplicado ao montante do ICMS que deve ser repassado aos municípios, ou seja, determina a fatia que cada um dos 184 municípios cearenses receberá de acordo com o seu desempenho na educação.
\(\hspace{1.2cm}\) Na construção do Índice de Qualidade da Educação - Componente Desempenho (IQE_D) são considerados quatro indicadores no cálculo do Índice e utiliza dados do Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará submetidos anualmente a todos os municípios e considera indicadores para a Alfabetização (2º ano); Quinta Série do Ensino Fundamental; Nona Série do Ensino Fundamental e a Média da Taxa de Aprovação nas Nove Séries do Ensino Fundamental da rede municipal que revelem a melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento da equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos.

O Índice de Qualidade da Educação - Componente Socioeconômico (IQE_S) utiliza dados que integram o Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) que é um conjunto de sistemas de avaliação do ensino brasileiro, desenvolvido e gerenciado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Para o cálculo do IQE_S utiliza-se o Índice Socioeconômico Ajustado do Município, a partir do Indicador de Nível Socioeconômico do SAEB (INSE).

A importância desse índice é que ele leva em consideração a avaliação da proficiência dos alunos e a desigualdade de desempenho entre os estudantes da rede pública municipal, com base no rigor técnico e igualdade de tratamento, incentivando um esforço contínuo de melhoria dos indicadores da educação por parte dos municípios cearenses. Quanto maior o valor do coeficiente deste índice, melhor a qualidade dos serviços de educação básica para o município.

O uso desses indicadores tradicionais da área da educação e a forma de tratamento dado a partir de suas ponderações e seu uso na quota parte de repartição do ICMS cearense mostram a sua relevância e uso como instrumento de avaliação das condições de educação dos municípios cearenses.

2.1.3.2 Saúde Básica

2.1.3.2.a. Índice de Qualidade da Saúde (IQS)

\(\hspace{1.2cm}\) A construção do Índice de Qualidade da Saúde (IQS) está respaldada legalmente no Decreto Estadual nº 33.424 de 07 de janeiro de 2021 e são levados em consideração indicadores de saúde tradicionais muito utilizados em várias políticas públicas e pesquisas acadêmicas, a saber: Taxa de Mortalidade Infantil, Taxa de Mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC), Taxa de Mortes por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), e Taxa de Mortes por Acidentes de Trânsito envolvendo Motocicletas. Esse conjunto de indicadores são de extrema relevância na avaliação da qualidade de saúde em uma determinada região revelando a importância desse indicador para uma boa avaliação das condições de saúde dos municípios cearenses. Quanto menor o valor destas taxas, melhor o coeficiente deste índice, melhor a qualidade dos serviços de saúde básica para o município.

2.1.3.3 Limpeza Urbana e Resíduos Sólidos

2.1.3.3.a. Índice de Qualidade do Meio Ambiente (IQM)

\(\hspace{1.2cm}\) Por fim, o Decreto Estadual nº 35.051, de 15 de dezembro de 2022 que modificou as regras do Índice de Qualidade do Meio Ambiente (IQM) leva em consideração indicadores de elevada importância na mensuração de condições ambientais com foco na Gestão de Resíduos Sólidos, tanto para municípios consorciados como para os não consorciados.

Para os Municípios Consorciados:

  1. Gestão dos Resíduos Sólidos
  2. Plano de Educação Ambiental Municipal
  3. Coleta Sistemática de Resíduos Sólidos
  4. Coleta Seletiva Múltipla de Resíduos Sólidos
  5. Integração dos Catadores
  6. Dados complementares (Resíduos Construção Civil - RCC; Cadastro de identificação dos grandes geradores; e Identificação da quantidade de lixões)

Para os Municípios Não Consorciados:

  1. Gestão dos Resíduos Sólidos
  2. Plano de Educação Ambiental Municipal
  3. Coleta Sistemática de Resíduos Sólidos
  4. Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos (Resíduos Secos; Resíduos de Serviço de Saúde - RSS; e Resíduos Orgânicos)
  5. Lixão(s) Encerrado(s) / Remediados
  6. Integração dos Catadores
  7. Dados complementares (Resíduos Construção Civil - RCC; Cadastro de identificação dos grandes geradores; e Identificação da quantidade de lixões)

Esses indicadores de forma isolada apresentam diferenças nas condições ambientais em cada município e de forma combinada possibilitam uma visão mais aprofundada da qualidade da gestão ambiental municipal. Quanto maior o valor deste índice, melhor a qualidade da Gestão de Resíduos Sólidos.

2.1.4 Transparência

2.1.4.1. Indicador de Transparência (IT)

\(\hspace{1.2cm}\) Esta quarta dimensão mede o esforço dos gestores em permitir o acesso à população das informações referentes à gestão pública e a interlocução do cidadão, aprimorando a administração participativa. O Indicador de Transparência (IT) é calculado com base no acompanhamento mensal nos sítios eletrônicos e portais de transparências dos Poderes Executivo e Legislativo municipais realizado pelo Tribunal de Contas do Estado do Ceará

O TCE-CE realiza o monitoramento, visando cumprir os dispositivos da Lei Complementar nº 101/2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) (BRASIL, 2000), bem como os da Lei Complementar nº131/2009 - Lei da Transparência (BRASIL, 2009), no âmbito de suas competências e atribuições.

Nessa atividade desenvolvida pelo TCE, os requisitos são organizados em: Endereço Eletrônico, Transparência da Gestão Fiscal e acesso às demais informações, sendo observados dois aspectos: a Transparência na Gestão Fiscal (G.F), caput do art. 48 da LRF; e Tempo Real (T.R.), conforme inciso II, também, do Art. 48 e Art. 48-A da LRF, relativamente aos quais a situação da transparência municipal é avaliada em Regular ou Irregular.

No aspecto Transparência na Gestão Fiscal (G.F) são analisados 17 itens envolvendo, por exemplo, Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), Lei Orçamentária Anual (LOA), Relatório de Gestão Fiscal (RGF), entre outros. Para que um município tenha um resultado “SIM” e seja aprovado nesse aspecto é necessário que todos itens sejam contemplados. No aspecto Tempo Real (T.R.) são analisados dois itens: receitas e despesas realizadas pelos municípios. Caso esses dois itens sejam atendidos o município estará com um resultado “SIM”, indicando aprovação nesse aspecto.

Por fim, o TCE considera um município em situação Regular quanto a Transparência na Gestão Fiscal (G.F) e o Tempo Real (T.R.) em determinado mês caso os dois aspectos sejam aprovados, se for somente um aspecto aprovado ou nenhum dos dois o município estará em situação Irregular.

Dessa forma, ao longo de um ano tem-se 12 avaliações por parte do TCE onde um município estará na situação Regular ou Irregular quanto a transparência. Assim, a nota de um determinado município poderá variar de 0 (situação Irregular em todos os meses) a 12 (situação Regular em todos os meses).

Nesse contexto, é proposto o Indicador de Transparência (IT), que busca medir a situação de transparência dos municípios cearenses ao longo de um determinado ano, conforme exposto na Fórmula 1, a partir da média aritmética das notas obtidas em cada um dos 12 meses de certo ano.

\[ IT_i=\frac{1}{12}\sum_{j=1}^{12}I_{ij} \] onde:

\(IT_i\) = Indicador de Transparência do município i;

\(I_{ij}\) = Valor do indicador (0 ou 1) do município i em determinado mês j;

Desse modo, a partir do cálculo do Indicador de Transparência tem-se uma medida de tendência central que quantifica e sumariza o valor da transparência dos municípios cearenses. Quanto mais próximo de 1 estiver o valor do IT, maior será a transparência.

2.2 Cálculo do Índice Comparativo de Gestão Municipal (ICGM 2023)

\(\hspace{1.2cm}\)Após apresentar as quatro dimensões e lista de indicadores, será destacado a seguir os dois critérios utilizados na escolha dos indicadores. O primeiro critério é a disponibilidade de dados em bases de dados de órgãos e instituições públicas, para todos os 184 municípios cearenses. Já o segundo critério envolve a escolha de variáveis possíveis de serem coletadas anualmente, de forma continuada e de fácil acesso, que atendessem as propriedades fundamentais para a construção de indicadores, conforme apresentado no Quadro 1.

Quadro 1: Propriedades necessárias para a construção de um Indicador.
Propriedade Relação
Relevância O porquê da construção, dado o contexto e o objetivo da agenda política
Validade Grau de proximidade e representação entre o conceito e a medida do indicador
Confiabilidade Qualidade dos dados (Coleta e Fonte)
Cobertura Grau de cobertura territorial e populacional (representatividade)
Sensibilidade Monitoramento e avaliação das políticas públicas em prol da eficiência e efetividade da gestão pública
Especificidade Capacidade de refletir alterações relacionadas a dimensão de interesse
Transparência Transparência das decisões metodológicas e das escolhas subjetivas
Comunicabilidade Compreensão por parte da população e dos demais agentes públicos
Factibilidade Aos custos e a disponibilidade de dados para o cálculo periódico
Periodicidade Ao período de atualização do indicador
Desagregabilidade Possibilidade de ser representativo para espaços geográficos reduzidos, grupos sociodemográficos, ou grupos vulneráveis específicos
Comparabilidade Inferência de tendências e a avaliação de eventuais efeitos

Elaboração: IPECE. Fonte: Adaptado dos autores citados.

Ademais o ICGM leva em consideração questões relativas às diferenças entre cidades, por entender que certas características afetam de algum modo a gestão municipal. As cidades ao redor do mundo podem se diferenciar segundo as mais variadas características que lhe são peculiares, como aspectos geográficos, demográficos, econômicos e sociais. Além disso, suas vocações naturais contemplam as principais variáveis levantadas para compreender fatores que podem afetar a gestão municipal.

\(\hspace{1.2cm}\)Além destas características, destaca que as cidades podem também ser classificadas a partir de seu grau de influência econômica e, também, política. Nesse sentido, leva-se em conta os mais diversos índices, como renda per capita, Produto Interno Bruto, índice populacional etc. Tal classificação é chamada de Hierarquia das Cidades ou Hierarquia Urbana.

Em razão dos critérios sobre a classificação hierárquica das cidades serem bem variados, existem vários tipos de hierarquias urbanas, com padronizações bem diferentes. Sendo assim, as cidades podem ser divididas, por exemplo, em cidades pequenas, médias e de grande porte.

As pequenas cidades costumam apresentar baixo grau de urbanização, pequenos índices populacionais e relevante dependência econômica para com outras cidades. Estas cidades, em função do seu pequeno porte apresentam sérios problemas nas mais variadas áreas de serviços públicos municipais, principalmente por causa dos baixos recursos financeiros disponíveis.

Na sequência, as cidades de médio porte são aquelas que normalmente exercem certo grau de influência econômica sobre algumas pequenas cidades do seu entorno, mas não muito elevada. Estas cidades apresentam alguma vocação destacada na economia, oferendo uma maior gama de serviços e de melhor qualidade se comparado as pequenas cidades. Todavia, também enfrentam dificuldades em relação à escassez recursos disponíveis.

Por fim, as grandes cidades são aquelas que apresentam maior porte populacional e maior poder de influência econômica sobre outras cidades que muitas vezes transcendem as divisas estaduais. Essas cidades oferecem uma grande variedade de mercadorias para consumo e serviços, apoiando normalmente as cidades de pequeno e médio porte.

Destaca-se que os agrupamentos de municípios considerando suas principais semelhanças é uma etapa importante para a melhor definição, desenho e avaliação de políticas públicas.

\(\hspace{1.2cm}\) Neste contexto, é oportuno observar que o porte populacional, além de ser uma variável utilizada para hierarquizar cidades também vem sendo frequentemente utilizado como variável de estratificação de municípios brasileiros em vários estudos considerando diversas dimensões nas áreas, por exemplo, de gestão pública, educação, saúde e desigualdade de renda. Por exemplo, os estudos de Fausto et al. Seidl et al. Pontes et al. e Miclos et al. ressaltam a importância de usar os diferenciais de porte populacional em pesquisas na área de saúde.
\(\hspace{1.2cm}\)Com a mesma preocupação Willemann et al. desenvolveu com base em dados do período censitário de 2010, um modelo de estratificação de municípios brasileiros para avaliação de desempenho da gestão em saúde considerando dentre suas variáveis também as diferenças populacionais.

Os autores citados ainda ressaltam que, em virtude de mudanças políticas, econômicas e sociais, quaisquer dados utilizados para estratificação municipal podem apresentar variações no médio e longo prazo, influenciando as condições de gestão nos municípios.

Diante do exposto é possível perceber que, dependendo do grau de influência de uma cidade, a gestão municipal é fortemente afetada pelo porte hierárquico do município e, também, pelo grau de influência de seus vizinhos. Com isto, uma boa avaliação necessita de um melhor enquadramento das características de porte de um determinado município.

\(\hspace{1.2cm}\) Para efeito de análise, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística classifica as cidades brasileiras conforme a sua população do seguinte modo:
  1. Acima de 500.000 hab.
  2. De 100.001 a 500.000 hab.
  3. De 50.001 a 100.000 hab.
  4. De 20.001 a 50.000 hab.
  5. De 10.001 a 20.000 hab.
  6. De 5.001 a 10.000 hab
  7. Até 5.000 hab.

Desta forma o Índice Comparativo de Gestão Municipal (ICGM) utiliza em seu cálculo a segregação dos municípios cearenses por quatro portes populacionais, tendo em vista a identificação da relevância da separação dos municípios por estratos populacionais, para análise dos resultados na qualidade da gestão pública.

Ao considerar as sete faixas populacionais, apontadas pelo IBGE, foi possível agrupar as cidades cearenses em quatro grupos considerando seus diferentes portes populacionais, a saber:

\(\hspace{1.2cm}\) Com base em informações levantadas junto ao IBGE foi possível construir a Tabela 1 com quatro grupos populacionais e seus respectivos quantitativos de municípios cearenses, onde verifica-se que o Grupo Populacional 1 contém oito municípios cearenses, o Grupo Populacional 2 contém um total de vinte e nove municípios, o Grupo Populacional 3 contém sessenta municípios cearenses e por fim o Grupo Populacional 4 abrange oitenta e sete municípios. Vale ressaltar que de um ano para outro pode haver mudança dos municípios de Grupo Populacional na medida que pode haver aumento ou redução do número de habitantes estimado pelo IBGE.

Desta forma, diante do critério de composição por grupos populacionais, foi possível realizar a construção das Tabelas 2.1, 3.2, 4.2 e 5.2, constantes nos Apêndices, com os indicadores, sem padronização, para todos os municípios e por grupo populacional.

Tabela 1: Municípios cearenses por Porte e Faixa Populacional - população, área e densidade demográfica - 2022
Porte Populacional Faixa populacional Municípios População (hab.) Área(km²) Densidade Demográfica (hab./km²)
Grupo Populacional 1 Acima de 100.000 hab. 8 3.875.305 7.289,95 531,60
Grupo Populacional 2 De 50.001 a 100.000 hab. 29 1.991.691 40.982,67 48,60
Grupo Populacional 3 De 20.001 a 50.000 hab. 60 1.815.295 54.702,75 33,18
Grupo Populacional 4 Até 20.000 hab. 87 1.112.666 45.919,07 24,23
Total Geral 184 8.794.957 148.894,07 59,07

Fonte: IBGE. Elaboração: IPECE.

Outro aspecto que foi arbitrado no cálculo do índice para os 184 municípios, é que, caso aconteça a situação de não estar disponível alguma variável relativa a qualquer município pelo órgão ou instituição responsável, no ano de referência, então, será adotado o valor “zero” para a referida variável daquele município.

2.3 Cálculo dos Índices que compõem o ICGM

Para cada um desses indicadores e para cada município, associa-se um valor no intervalo [0,1], chamado de indicador padronizado, ou simplesmente de índice, que, em termos de porcentagem, indica o percentual que um município atingiu com relação ao município de melhor desempenho naquele indicador. Por exemplo, no indicador “Despesa com Pessoal” tem-se o valor gasto com pessoal, durante o ano considerado, para cada município, e, a partir desse valor, calcula-se um índice associado ao indicador de despesa com pessoal, como mostraremos a seguir.

Os indicadores podem ser de Polaridade Positiva (P1), ou seja, quanto maior o resultado do indicador, melhor o desempenho do município naquele indicador (Exemplo: PIB); ou Polaridade Negativa (P2), ou seja, quanto menor o resultado do indicador, melhor o desempenho do município naquele indicador (Exemplo: Mortalidade Infantil).

Estão classificados os seguintes indicadores na polaridade positiva (P1):

  1. Captação de Recursos
  2. Restos a Pagar Pagos
  3. Independência Tributária
  4. Investimentos
  5. Gasto com Saúde pela Receita Corrente Líquida
  6. Gasto com Educação pela Receita Corrente Líquida
  7. Índice de Qualidade da Educação
  8. Índice de Qualidade da Saúde
  9. Índice de Qualidade do Meio Ambiente
  10. Indicador de Transparência

Os indicadores na polaridade negativa (P2) são:

  1. Complexidade Tributária
  2. Despesa de Pessoal
  3. Gasto com Pessoal pela Receita Corrente Líquida

2.3.1 Cálculo do índice associado a um indicador de Polaridade Positiva (P1)

Se \(x_1,\dots ,x_n\) são os valores de um indicador de polaridade positiva (P1) e o maior desses valores é denotado por \(x_{max}=\max \{ x_1,\dots ,x_n\}\), então o índice associado a esse indicador será calculado pela fórmula: \[I_i=\frac{x_i}{x_{max}}\]

De forma que

(a.) O município com maior valor nesse indicador terá índice 1;
(b.) Se \(x_i\leq x_j\), então \(I_i\leq I_j\);
(c.) \(I_i\geq 0\) e só é zero quando \(x_i = 0\);
(d.) A relação entre o indicador \(x_i\) e o índice \(I_i\) é uma relação diretamente proporcional: \(I_i/I_j=x_i/ x_j\), para todo \(i\) e \(j\).

Supondo \(I_i < I_j\), o item (d) nos diz que o percentual do índice \(I_i\) com relação a \(I_j\) é o mesmo percentual do valor do indicador \(x_i\) com relação a \(x_j\). De fato,

\[\frac{I_i}{I_j}=\frac{x_i/x_{max}}{x_j/x_{max}}=\frac{x_i}{x_j},\; \mathrm{o\; que\; implica}\; x_i=(100\, I_i/I_j)\%\,x_j = (100\, x_i/x_j)\%\,x_j\]

Em particular, se um município possui indicador padronizado \(I_i\), associado a um indicador de polaridade positiva \(x_i\), então este indicador corresponde a \((100\, I_i)\%\) do indicador do município de melhor desempenho, \(x_{max}\). \[x_i=(100\, I_i)\%\, x_{max}\]

2.3.2 Cálculo do índice associado a um indicador de Polaridade Negativa (P2)

O objetivo agora é apresentar uma fórmula para o cálculo do índice de um indicador de polaridade negativa (P2). Queremos que possua as seguintes propriedades: supondo que \(\{ x_1,\dots , x_n\}\) são os dados de um indicador de polaridade negativa (P2) dos municípios e que \(x_{min}=\min \{ x_1,\dots ,x_n\}\) seja o indicador de menor valor dentre os indicadores diferente de zero,

(a.) O município com o valor menor desse indicador terá índice 1;
(b.) Se \(x_i\leq x_j\), então \(I_i\geq I_j\);
(c.) \(I_i> 0\) para todo \(i\);
(d.) A relação entre o indicador \(x_i\) e o índice \(I_i\) é uma relação inversamente proporcional: \(I_i/I_j=x_j/ x_i\), para todo \(i\) e \(j\).

Por essas condições podemos concluir que

\[I_i=\frac{x_{min}}{x_i}\]

Observa-se que todos os três indicadores de Polaridade Negativa nunca apresentarão valor mínimo igual a zero (ver Fichas Técnicas dos Indicadores no Apêndice 1). Em outras palavras x_{i } é sempre positivo. A não ser no caso de o município não declarar os dados para o cálculo do indicador.

É fácil verificar que tal índice satisfaz as condições de (a) a (d). Supondo \(0<I_{j}< I_{i}\), o item (d) nos diz que o percentual do índice \(I_{j}\) com relação a \(I_{i}\) é o mesmo percentual do valor do indicador \(x_{i}\) com relação a \(x_{j}\), que neste caso satisfaz \(0<x_{i}<x_{j}\). De fato,

\[\frac{I_i}{I_j}=\frac{x_{min}/x_i}{x_{min}/x_j}=\frac{x_j}{x_i}, \;\mathrm{o\; que\; implica}\; x_i=(100\, I_j / I_i)\% \, x_j \]

Em particular, se um município possui indicador padronizado \(I_i\), então seu indicador de melhor desempenho, \(x_{min}\), corresponde a \(({100\ I}_i)\%\) do indicador \(x_i\), isto é,

\[x_{min} = ({100\ I}_i)\%\, x_i\]

2.3.4 Cálculo do ICGM

Após o cálculo dos índices associados a cada um dos indicadores, em cada porte populacional, tem-se que o cálculo do Índice Comparativo de Gestão Municipal (ICGM) corresponde à média aritmética simples desses índices. Cabe destacar que a polarização do indicador é levada em consideração no cálculo de cada índice.

Para o cálculo dos índices dividimos os indicadores em duas classes, a partir de sua polaridade:

(P1) quanto maior melhor (polaridade positiva);
(P2) quanto menor melhor (polaridade negativa).

O ICGM é então calculado pela média aritmética de todos os treze índices:

\[ICGM_m=\frac{1}{n}\sum_{i=1}^nI_m^i \] onde:

Ressalta-se que o Índice Comparativo de Gestão Municipal (ICGM) carrega em sua essência a ideia de uma análise multidimensional de treze indicadores atinentes as atividades de planejamento, recursos financeiros, serviços e transparência, consentindo-se identificar relativamente em determinado ano os municípios com melhor gestão municipal dentro de seus grupos populacionais. Por se tratar de um índice que avalia relativamente indicadores dos municípios em um certo ano através da técnica de padronização, não se pode efetuar comparações do valor do ICGM de um município ao longo dos anos, sendo válida a comparação relativa em um determinado ano entre municípios.

Considerando o cálculo do ICGM, é possível então montar as principais etapas do processo do ranqueamento dos municípios, conforme apresentado na Figura 3:

Figura 3: Elaboração do Ranking dos municípios pelo resultado do ICGM. Fonte e Elaboração: IPECE.

3. RESULTADOS

A partir das informações coletadas e da aplicação da metodologia de cálculo do ICGM, edição 2023, é possível analisar os resultados do Índice por grupo populacional dos municípios, além do comparativo nas Regiões de Planejamento.

3.1 Municípios do Grupo Populacional 1

A partir da análise da Tabela 2, que exibe estatísticas descritivas para o ICGM 2023 referente aos oito municípios do Grupo Populacional 1, com população acima de 100 mil habitantes. É possível observar que a média do índice para este grupo correspondeu a 0,71194, enquanto o desvio-padrão foi 0,07637, indicando baixa variabilidade do ICGM 2023 dentro deste grupo de municípios.

Tabela 2: Estatísticas descritivas para o ICGM 2023 - Municípios do Grupo Populacional 1

Mínimo

Média

Máximo

Desvio Padrão

Coeficiente de Variação %

0,65118

0,71194

0,90316

0,07637

10,72738

Fonte: IBGE. Elaboração: IPECE.

Verifica-se na Tabela 3 que Sobral apresentou o maior ICGM 2023 (0,90316), seguido por Crato (0,73578) e Caucaia (0,70187). Enquanto isso, o menor resultado foi observado em Juazeiro do Norte (0,65118), acompanhado de Itapipoca (0,66545) e Maracanaú (0,66613).

No Grupo Populacional 1, quatro municípios pertencem à Região de Planejamento Grande Fortaleza, dois na região do Cariri e os demais nas regiões Litoral Oeste / Vale do Curu e Sertão de Sobral, mostrando uma certa dispersão espacial.

Tabela 3: Região de Planejamento, População e Índice do ICGM 2023 por Ranking para os municípios do Grupo Populacional 1.

Ranking

Município

Região de Planejamento

População

ICGM

1

Sobral

Sertão de Sobral

203.023

0,90316

2

Crato

Cariri

131.050

0,73578

3

Caucaia

Grande Fortaleza

355.679

0,70187

4

Fortaleza

Grande Fortaleza

2.428.708

0,69398

5

Maranguape

Grande Fortaleza

105.093

0,67797

6

Maracanaú

Grande Fortaleza

234.509

0,66613

7

Itapipoca

Litoral Oeste / Vale do Curu

131.123

0,66545

8

Juazeiro do Norte

Cariri

286.120

0,65118

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração: IPECE.

A seguir analisaremos os três municípios que obtiveram os índices mais elevados dentro do primeiro grupo (Gráficos 1, 2 e 3), apontando assim os indicadores que mais influenciaram as suas posições.

Os resultados dos indicadores foram distribuídos em tercis (3-quantis), medida estatística de posição que divide os valores ordenados de uma variável numérica em 3 partes essencialmente iguais, ou em 3 partes com a mesma proporção de valores. Desta forma, os resultados foram agrupados em: Maiores (acima de 0,66666); Médios (entre 0,33333 e 0,66666); e Menores (até 0,33333).

Conforme pode ser observado no Gráfico 1, Sobral avançou, comparativamente aos demais municípios do Grupo Populacional 1, por possuir doze indicadores no grupo Maiores. Destes, oito indicadores alcançaram resultado máximo (1,0): Despesa de Pessoal; Gasto com Pessoal pela RCL; Gasto com Saúde pela RCL; Indicador de Transparência; Índice Municipal de Qualidade Educacional; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; e Restos a Pagar Pagos, em outros quatro indicadores o município obteve resultados abaixo do máximo: Captação de Recursos; Complexidade Tributária; Investimentos; e Gasto com Educação pela RCL. Em apenas um indicador, Independência Tributária, o município ficou no grupo Médios. O município de Sobral não apresentou qualquer indicador no grupo Menores, garantindo sua colocação como a melhor no resultado do ICGM 2023, entre os municípios do Grupo Populacional 1.

Gráfico 1: Valores padronizados dos indicadores para o município de Sobral (1º lugar)

Fonte: IPECE

O Gráfico 2 mostra que o município do Crato (2º lugar) não registrou nota máxima em qualquer um dos seus indicadores, porém em dez dos treze municípios ficaram no grupo Maiores, são eles: Indicador de Transparência; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Saúde pela RCL; Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; Restos a Pagar Pagos; Gasto com Educação pela RCL; Despesa de Pessoal; Captação de Recursos; Gasto com Pessoal pela RCL; e Complexidade Tributária. Em apenas três indicadores, Índice Municipal de Qualidade Educacional; Investimentos; e Independência Tributária, o município ficou no grupo Médios. O município de Crato, também, não apresentou qualquer indicador no grupo Menores, garantindo a segunda colocação no resultado do ICGM 2023, entre os municípios do Grupo Populacional 1.

Gráfico 2: Valores padronizados dos indicadores para o município de Crato (2º lugar)

Fonte: IPECE

Em 2023, Caucaia (Gráfico 3) conquistou sete indicadores no grupo Maiores. Destes, três indicadores alcançaram resultado máximo (1,0): Indicador de Transparência; Gasto com Educação pela RCL; e Complexidade Tributária e quatro indicadores o município obteve resultados abaixo do máximo: Captação de Recursos; Despesa de Pessoal; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; e Gasto com Pessoal pela RCL. Em seis indicadores o município obteve resultados no grupo Médios: Gasto com Saúde pela RCL; Independência Tributária; Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; Investimentos; Restos a Pagar Pagos; e Índice Municipal de Qualidade Educacional. O município de Caucaia, também, não apresentou qualquer indicador no grupo Menores, o que lhe permitiu a terceira posição no Ranking do ICGM 2023, dentre os municípios do Grupo Populacional 1.

Gráfico 3: Valores padronizados dos indicadores para o município de Caucaia (3º lugar)

Fonte: IPECE

Os Gráficos 4 a 6 exibem os municípios que obtiveram os menores valores para o ICGM 2023, na categoria de municípios do Grupo Populacional 1.

Por meio do Gráfico 4, observa-se que Juazeiro do Norte não alcançou resultado máximo (1,0) em nenhum nos seus indicadores, porém em seis dos treze indicadores, ele obteve valores no grupo Maiores, são eles: Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Educação pela RCL; Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; Complexidade Tributária; Indicador de Transparência; e Gasto com Saúde pela RCL. Em outros seis indicadores, o município obteve resultado no grupo Médios, são eles: Despesa de Pessoal; Gasto com Pessoal pela RCL; Restos a Pagar Pagos; Independência Tributária; Captação de Recursos; e Investimentos. Somente em um indicador, Índice Municipal de Qualidade Educacional, o município de Juazeiro do Norte ocupou o grupo Menores, colocando-o em último lugar entre os municípios do Grupo Populacional 1.

Gráfico 4: Valores padronizados dos indicadores para o município de Juazeiro do Norte (8º lugar)

Fonte: IPECE

Com pode ser visto no Gráfico 5, o município de Itapipoca alcançou resultado no grupo Maiores em oito indicadores, são eles: Captação de Recursos (neste obteve resultado máximo, (1,0); Gasto com Educação pela RCL; Indicador de Transparência; Gasto com Pessoal pela RCL; Despesa de Pessoal; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Saúde pela RCL; e Complexidade Tributária. Em 2023, o município teve resultado no grupo Médios em três indicadores (Investimentos; Restos a Pagar Pagos; e Índice Municipal de Qualidade Educacional). Em dois indicadores: Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente e Independência Tributária, os seus resultados foram no grupo Menores, posicionando-o em sétimo lugar entre os municípios do Grupo Populacional 1.

Gráfico 5: Valores padronizados dos indicadores para o município de Itapipoca (7º lugar)

Fonte: IPECE

Em 2023, Maracanaú (Gráfico 6) se destacou com resultados no grupo Maiores em nove indicadores, são eles: Investimento (valor máximo); Restos a Pagar Pagos; Indicador de Transparência; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Despesa de Pessoal; Gasto com Saúde pela RCL; Gasto com Pessoal pela RCL; Complexidade Tributária; e Gasto com Educação pela RCL. Em dois indicadores: Independência Tributária e Índice Municipal de Qualidade Educacional, os resultados ficaram no grupo Médios. Também em dois indicadores: Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente e Captação de Recursos ficaram no grupo Menores.

Gráfico 6: Valores padronizados dos indicadores para o município de Maracanaú (6º lugar)

Fonte: IPECE

Um ponto importante observado no Grupo Populacional 1, foi o fato de três indicadores (Complexidade Tributária; Índice de Qualidade da Saúde; e Indicador de Transparência) se destacaram neste grupo populacional, pois o resultado nos oito municípios foi na faixa do grupo Maiores. Outros quatro indicadores: Despesa de Pessoal; Gasto com Saúde pela RCL; Gasto com Educação pela RCL; e Gasto com Pessoal pela RCL ficaram no grupo Maiores em mais de seis municípios (75%).

A Tabela 2.1, no Apêndice 3, apresenta os valores dos indicadores, sem padronização, por ordem alfabética, para os municípios do Grupo Populacional 1.

O Mapa 1 exibe a distribuição territorial do ICGM 2023 no tocante aos municípios do Grupo Populacional 1 no estado do Ceará. Como analisado anteriormente, Sobral deteve o maior valor do ICGM 2023 no seu grupo populacional, sendo o único município na Região de Planejamento do Sertão de Sobral. Em seguida, destaca-se o município do Crato na Região do Cariri, seguido de Itapipoca, na região Litoral Oeste / Vale do Curu.

Mapa 1: ICGM 2023 dos municípios do Grupo Populacional 1. Fonte: IPECE.


3.2 Municípios do Grupo Populacional 2

No Grupo Populacional 2 estão os vinte e nove municípios cearenses com população acima de 50 mil e menor que 100 mil habitantes. A Tabela 3.1, no Apêndice 3, apresenta os municípios deste grupo por Ranking do resultado do ICGM 2023, distribuídos nas catorze Regiões de Planejamento e por população.

O maior ICGM 2023 deste grupo foi igual a 0,72074 e o menor foi de 0,46381. A média dos índices correspondeu a 0,59369 e o desvio-padrão encontrado foi de 0,05842, indicando baixa variabilidade do ICGM 2023 dentro deste grupo de municípios com este porte populacional (Tabela 4).

Tabela 4: Estatísticas descritivas para o ICGM 2023 - Municípios do Grupo Populacional 2

Mínimo

Média

Máximo

Desvio Padrão

Coeficiente de Variação %

0,46381

0,59369

0,72074

0,05842

9,83948

Fonte: IBGE. Elaboração: IPECE.

Na sequência, verifica-se, na Tabela 5, que Tauá apresentou o maior ICGM 2023 (0,72074) nesse grupo dos municípios do Grupo Populacional 2, seguido por Granja (0,70034) e Acaraú (0,64757). Dentre os dez municípios de maior ICGM 2023, do Grupo Populacional 2, três estão localizados na Região de Planejamento Grande Fortaleza, dois pertencem à Região Litoral Norte e apenas um município nas regiões de Planejamento: Sertões de Inhamuns; Sertões de Canindé; Sertão Central; Sertões de Crateús; e Vale do Jaguaribe, mostrando uma certa dispersão espacial dos mais bem colocados

Tabela 5: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 2 com maior ICGM 2023, Região de Planejamento, população e Índice.

Ranking

Município

Região de Planejamento

População

ICGM

1

Tauá

Sertão dos Inhamuns

61.227

0,72074

2

Granja

Litoral Norte

53.344

0,70034

3

Acaraú

Litoral Norte

65.264

0,64757

4

Boa Viagem

Sertão de Canindé

50.411

0,64720

5

Quixeramobim

Sertão Central

82.177

0,64652

6

Eusébio

Grande Fortaleza

74.170

0,64466

7

Horizonte

Grande Fortaleza

74.755

0,64277

8

Pacajus

Grande Fortaleza

70.983

0,63214

9

Crateús

Sertão dos Crateús

76.390

0,62652

10

Russas

Vale do Jaguaribe

72.928

0,62477

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração: IPECE

Os Gráficos 7 a 9 apresentam os valores padronizados dos indicadores dos três municípios que lideram o ICGM 2023, dentre aqueles do Grupo Populacional 2.

O município de Tauá obteve o 1º lugar dentre os municípios do Grupo Populacional 2. Conforme o Gráfico 7, nove indicadores ficaram no grupo dos Maiores, onde dois indicadores obtiveram valor máximo (1,0): Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente e Captação de Recursos, seguidos dos indicadores: Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Investimentos; Despesa de Pessoal; Indicador de Transparência; Índice Municipal de Qualidade Educacional; Restos a Pagar Pagos; e Gasto com Pessoal pela RCL. Três indicadores: Gasto com Educação pela RCL; Gasto com Saúde pela RCL; e Complexidade Tributária foram classificados no grupo Médios, enquanto somente um indicador, Independência Tributária, teve o menor valor, ocupando o grupo Menores.

Gráfico 7: Valores padronizados dos indicadores para o município de Tauá (1º lugar)

Fonte: IPECE

Granja ficou no 2º lugar no grupo dos municípios do Grupo Populacional 2. De acordo com o Gráfico 8, dez indicadores foram classificados no grupo Maiores, são eles: Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente (valor máximo igual a 1,0); Gasto com Educação pela RCL; Investimentos; Indicador de Transparência; Restos a Pagar Pagos; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Pessoal pela RCL; Complexidade Tributária; Despesa de Pessoal; e Índice Municipal de Qualidade Educacional. Dois indicadores: Gasto com Saúde pela RCL e Captação de Recursos, tiveram resultados compatíveis com o grupo Médios, enquanto somente um indicador, Independência Tributária, ficou no grupo Menores.

Gráfico 8: Valores padronizados dos indicadores para o município de Granja (2º lugar)

Fonte: IPECE

Em 2023, o município de Acaraú, visto no Gráfico 9, obteve cinco indicadores classificados no grupo Maiores, são eles: Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; Indicador de Transparência (ambos com valor máximo igual a 1,0); Gasto com Educação pela RCL; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; e Investimentos. Sete indicadores permitiram a terceira posição no Ranking do ICGM 2023 no grupo dos municípios do Grupo Populacional 2, pois ficaram no grupo Médios: Gasto com Pessoal pela RCL; Despesa de Pessoal; Gasto com Saúde pela RCL; Índice Municipal de Qualidade Educacional; Restos a Pagar Pagos; Captação de Recursos; e Complexidade Tributária, enquanto somente um indicador, Independência Tributária, ficou no grupo Menores.

Gráfico 9: Valores padronizados dos indicadores para o município de Acaraú (3º lugar)

Fonte: IPECE

Analisando os dados da Tabela 6, percebe-se que Pacatuba apresentou o menor índice (0,46381) dentre os municípios considerados do Grupo Populacional 2, seguido por Iguatu (0,49665) e Morada Nova (0,51090). Dentre os dez municípios de menor ICGM 2023 do Grupo Populacional 2, quatro estão localizados na Região de Planejamento Grande Fortaleza e dois na região Vale do Jaguaribe. Os demais municípios estão espalhados nas regiões: Centro Sul; Litoral Leste, Serra da Ibiapaba; e Sertão Central, o que demonstra uma certa dispersão destes dez municípios.

Tabela 6: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 2 com menor ICGM 2023, Região de Planejamento, população e Índice

Ranking

Município

Região de Planejamento

População

ICGM

29

Pacatuba

Grande Fortaleza

81.524

0,46381

28

Iguatu

Centro Sul

98.064

0,49665

27

Morada Nova

Vale do Jaguaribe

61.443

0,51090

26

Limoeiro do Norte

Vale do Jaguaribe

59.560

0,52479

25

Trairi

Grande Fortaleza

58.415

0,52540

24

Tianguá

Serra da Ibiapaba

81.506

0,52733

23

São Gonçalo do Amarante

Grande Fortaleza

54.143

0,53445

22

Quixadá

Sertão Central

84.168

0,55467

21

Beberibe

Litoral Leste

53.114

0,57176

20

Cascavel

Grande Fortaleza

72.720

0,57294

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração IPECE.

Os Gráficos 10 a 12 apresentam os valores padronizados dos indicadores dos três municípios que obtiveram os menores resultados no ICGM 2023, dentre aqueles do Grupo Populacional 2.

Pacatuba obteve a última posição no Grupo Populacional 2. Como pode ser observado no Gráfico 10, nenhum indicador alcançou valor máximo (1,0). Três indicadores ficaram no grupo Maiores: Indicador de Transparência; Investimentos; e Gasto com Educação pela RCL. Seis indicadores que contribuíram para uma não qualidade na gestão municipal e obtiveram valores enquadrados no grupo Médios: Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Complexidade Tributária; Gasto com Pessoal pela RCL; Despesa de Pessoal; Gasto com Saúde pela RCL; e Índice Municipal de Qualidade Educacional. Enquanto quatro indicadores (Independência Tributária; Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; Captação de Recursos; e Restos a Pagar Pagos) foram classificados no grupo Menores.

Gráfico 10: Valores padronizados dos indicadores para o município de Pacatuba (29º lugar)

Fonte: IPECE

O município de Iguatu obteve a penúltima posição no Grupo Populacional 2. Como demonstra o Gráfico 11, dois indicadores alcançaram valores compatíveis com o grupo Maiores, são eles: Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente (alcançou valor máximo: 1,0) e Complexidade Tributária. Sete indicadores contribuíram para uma não qualidade na gestão municipal e ficaram no grupo Médios: Gasto com Educação pela RCL; Despesa de Pessoal; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Pessoal pela RCL; Gasto com Saúde pela RCL; Indicador de Transparência; e Independência Tributária, enquanto quatro indicadores: Índice Municipal de Qualidade Educacional; Investimentos; Captação de Recursos; e Restos a Pagar Pagos foram para o grupo Menores.

Gráfico 11: Valores padronizados dos indicadores para o município de Iguatu (28º lugar)

Fonte: IPECE

Por fim, Morada Nova que ficou na 27ª posição no Ranking do ICGM 2023, dentre os municípios do Grupo Populacional 2, registrou somente um indicador com valor máximo (1,0) que foi o Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente (Gráfico 12). Além deste indicador, outros três indicadores foram classificados no grupo Maiores, são eles: Indicador de Transparência; Gasto com Educação pela RCL; e Restos a Pagar Pagos. Cinco indicadores ficaram no grupo Médios: Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Despesa de Pessoal; Complexidade Tributária; Gasto com Pessoal pela RCL; e Gasto com Saúde pela RCL, enquanto quatro indicadores: Índice Municipal de Qualidade Educacional; Independência Tributária; Investimentos; e Captação de Recursos foram agrupados como Menores.

Gráfico 12: Valores padronizados dos indicadores para o município de Morada Nova (27º lugar)

Fonte: IPECE

A Tabela 3.2, no Apêndice 3, apresenta os valores dos indicadores, sem padronização, por ordem alfabética, para os municípios do Grupo Populacional 2.

Vale ser observado que no Grupo Populacional 2, três indicadores (Gasto com Educação pela RCL; Índice de Qualidade do Meio Ambiente; e Indicador de Transparência) ficaram no grupo Maiores em mais de 21, do total de 29 municípios. Por outro lado, os indicadores Captação de Recursos e Independência Tributária foram classificados no grupo Menores em mais de 75% dos municípios, o que puxa para baixo o resultado nesse grupo populacional.

O Mapa 2 apresenta a distribuição geográfica do ICGM 2023 em relação aos municípios do Grupo Populacional 2, podendo-se comparar regionalmente o ICGM 2023 dos municípios assim como localizar territorialmente aqueles com maiores e menores valores. Averígua-se através do referido mapa que cinquenta e oito municípios detiveram um Índice Comparativo de Gestão Pública superior a 0,500, estando eles distribuídos principalmente nas regiões: Cariri; Grande Fortaleza; Litoral Norte; Maciço de Baturité; Serra da Ibiapaba; e Sertões de Crateús.

Mapa 2: ICGM 2023 dos municípios do Grupo Populacional 2. Fonte: IPECE.


3.3 Municípios do Grupo Populacional 3

No Grupo Populacional 3 estão os sessenta municípios cearenses com população acima de 20 mil e menor que 50 mil habitantes. A Tabela 4.1, no Apêndice 4, apresenta os municípios deste grupo por Ranking do resultado do ICGM 2023, distribuídos pelas 14 Regiões de Planejamento e por população.

O maior ICGM 2023 neste grupo foi igual a 0,67438 e o menor foi de 0,38285. A média dos índices correspondeu a 0,52104 e o desvio-padrão encontrado foi de 0,06514 indicando média variabilidade do ICGM 2023 dentro deste grupo de municípios com este porte populacional (Tabela 7).

Tabela 7: Estatísticas descritivas para o ICGM 2023 - Municípios do Grupo Populacional 3

Mínimo

Média

Máximo

Desvio Padrão

Coeficiente de Variação %

0,38285

0,52104

0,67438

0,06514

12,50220

Fonte: IBGE. Elaboração: IPECE.

Na Tabela 8 verifica-se que Jijoca de Jericoacoara apresentou o maior ICGM 2023 (0,67438) dentro do grupo dos municípios do Grupo Populacional 3, seguido por Novo Oriente (0,65742) e Senador Pompeu (0,64326). Dentre os dez municípios de maior ICGM 2023, três estão localizados nas Região de Planejamento Sertões de Crateús; dois nas regiões Litoral Norte; e apenas um município nas regiões Cariri; Sertão Central; Sertões de Canindé; Sertões de Inhamuns; e Vale do Jaguaribe.

Tabela 8: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 3 com maior ICGM 2023, Região de Planejamento, população e ICGM

Ranking

Município

Região de Planejamento

População

ICGM

1

Jijoca de Jericoacoara

Litoral Norte

25.555

0,67438

2

Novo Oriente

Sertão dos Crateús

27.545

0,65742

3

Senador Pompeu

Sertão Central

24.266

0,64326

4

Nova Russas

Sertão dos Crateús

30.699

0,63930

5

Tamboril

Sertão dos Crateús

24.815

0,62661

6

Parambu

Sertão dos Inhamuns

31.445

0,61710

7

Assaré

Cariri

21.697

0,61056

8

Jaguaribe

Vale do Jaguaribe

33.726

0,59544

9

Itatira

Sertão de Canindé

20.424

0,58550

10

Cruz

Litoral Norte

29.761

0,58489

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração IPECE.

Os Gráficos 13 a 15 apresentam os valores padronizados dos indicadores dos três municípios que lideram o ICGM 2023, dentre aqueles do Grupo Populacional 3.

O município de Jijoca de Jericoacoara obteve o 1º lugar no grupo dos municípios do Grupo Populacional 3. Conforme o Gráfico 13, oito Indicadores fizeram parte do grupo Maiores: Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; Indicador de Transparência; Independência Tributária (estes três obtiveram nota máxima igual a 1,0); Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Pessoal pela RCL; Complexidade Tributária; Índice Municipal de Qualidade Educacional; e Despesa de Pessoal. Somente dois indicadores: Restos a Pagar Pagos e Investimentos ficaram do grupo Médios, enquanto três indicadores: Gasto com Saúde pela RCL; Gasto com Educação pela RCL; e Captação de Recursos tiveram os menores valores, ficando no grupo Menores.

Gráfico 13: Valores padronizados dos indicadores para o município de Jijoca de Jericoacoara (1º lugar)

Fonte: IPECE

O município de Novo Oriente obteve o 2º lugar no grupo dos municípios do Grupo Populacional 3. O Gráfico 14 mostra que Novo Oriente teve oito Indicadores que fizeram parte do grupo Maiores: Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente (este obteve nota máxima igual a 1,0); Captação de Recursos; Despesa de Pessoal; Gasto com Pessoal pela RCL; Investimentos; Indicador de Transparência; Índice Municipal de Qualidade Educacional; e Índice Municipal de Qualidade da Saúde. Somente dois indicadores: Restos a Pagar Pagos e Complexidade Tributária ocuparam o grupo Médios, enquanto três indicadores: Gasto com Educação pela RCL; Gasto com Saúde pela RCL; e Independência Tributária ficaram no grupo Menores.

Gráfico 14: Valores padronizados dos indicadores para o município de Novo Oriente (2º lugar)

Fonte: IPECE

Em 2023, conforme o Gráfico 15 apresenta, o município de Senador Pompeu se destacou em oito Indicadores que fizeram parte do grupo Maiores: Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; Restos a Pagar Pagos (estes dois obtiveram nota máxima igual a 1,0); Indicador de Transparência; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Pessoal pela RCL; Despesa de Pessoal; e Índice Municipal de Qualidade Educacional, contribuindo para o município alcançar a terceira posição no Ranking do ICGM 2023 dos municípios do Grupo Populacional 3. Somente dois indicadores: Complexidade Tributária e Investimentos obtiveram valores relativos ao grupo Médios, enquanto quatro indicadores (Captação de Recursos; Gasto com Saúde pela RCL; Gasto com Educação pela RCL; e Independência Tributária) ficaram no grupo Menores.

Gráfico 15: Valores padronizados dos indicadores para o município de Senador Pompeu (3º lugar)

Fonte: IPECE

Analisando os dados da Tabela 9, percebe-se que Missão Velha apresentou o menor ICGM 2023 (0,38285) dentre os municípios considerados do Grupo Populacional 3, seguido por Amontada (0,39122) e Itapajé (0,40786). Dentre os dez municípios de menor ICGM 2023 do Grupo Populacional 3, quatro estão localizados na Região de Planejamento do Cariri; três municípios são da Região Litoral Oeste / Vale do Curu; dois da região Litoral Leste e um no Centro Sul, onde é possível perceber uma certa concentração dos municípios em algumas regiões de Planejamento.

Tabela 9: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 3 com menor ICGM 2023, Região de Planejamento, população e Índice

Ranking

Município

Região de Planejamento

População

ICGM

60

Missão Velha

Cariri

36.822

0,38285

59

Amontada

Litoral Oeste / Vale do Curu

42.156

0,39122

58

Itapajé

Litoral Oeste / Vale do Curu

46.426

0,40786

57

Acopiara

Centro Sul

44.962

0,42022

56

Jaguaruana

Litoral Leste

31.701

0,42057

55

Icapuí

Litoral Leste

21.433

0,43517

54

Jardim

Cariri

27.411

0,43672

53

Campos Sales

Cariri

25.135

0,44786

52

Uruburetama

Litoral Oeste / Vale do Curu

20.189

0,45156

51

Milagres

Cariri

25.900

0,45768

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração IPECE.

Os Gráficos 16 a 18 apresentam os valores padronizados dos indicadores dos três municípios que obtiveram os menores resultados no ICGM 2023, dentre aqueles do Grupo Populacional 3.

No caso de Missão Velha que obteve a última posição, 60º lugar, dentre os municípios do Grupo Populacional 3, nenhum indicador alcançou valor máximo (1,0). Conforme o Gráfico 16, quatro indicadores: Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Pessoal pela RCL; e Despesa de Pessoal ficaram no grupo Maiores. Somente um indicador (Complexidade Tributária) obteve valor referente ao grupo Médios, enquanto oito dos indicadores: Gasto com Educação pela RCL; Índice Municipal de Qualidade Educacional; Indicador de Transparência; Gasto com Saúde pela RCL; Independência Tributária; Restos a Pagar Pagos; Investimentos; e Captação de Recursos ficaram no grupo Menores.

Gráfico 16: Valores padronizados dos indicadores para o município de Missão Velha` (60º lugar)

Fonte: IPECE

O município de Amontada ficou na 59ª posição no Ranking do ICGM 2023, dentre os municípios do Grupo Populacional 3. De acordo com o Gráfico 17, somente um (Indicador de Transparência) ficou no grupo Maiores e que também alcançou valor máximo (1,0). Seis indicadores foram alocados no grupo Médios: Despesa de Pessoal; Complexidade Tributária; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Pessoal pela RCL; Índice Municipal de Qualidade Educacional; e Restos a Pagar Pagos, enquanto outros seis indicadores (Gasto com Educação pela RCL; Independência Tributária; Gasto com Saúde pela RCL; Investimentos; Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; e Captação de Recursos) ficaram no grupo Menores.

Gráfico 17: Valores padronizados dos indicadores para o município de Amontada` (59º lugar)

Fonte: IPECE

O município de Itapajé ocupou a 58ª colocação no Ranking dos municípios do Grupo Populacional 3. Conforme o Gráfico 18, dois indicadores ficaram no grupo Maiores: Indicador de Transparência que alcançou nota máxima (1,0) e Complexidade Tributária. Já cinco indicadores: Despesa de Pessoal; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Pessoal pela RCL; Restos a Pagar Pagos; e Investimentos foram classificados no grupo Médios e seis indicadores ficaram no grupo Menores, são eles: Índice Municipal de Qualidade Educacional; Gasto com Educação pela RCL; Gasto com Saúde pela RCL; Independência Tributária; Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; e Captação de Recursos.

Gráfico 18: Valores padronizados dos indicadores para o município de Itapajé` (58º lugar)

Fonte: IPECE

A Tabela 4.2, no Apêndice 3, apresenta os valores dos indicadores, sem padronização, por ordem alfabética, para os municípios do Grupo Populacional 3.

No Grupo Populacional 3, três indicadores (Indicador de Transparência; Despesa de Pessoal; e Índice de Qualidade do Meio Ambiente) chamam atenção pois ficaram no grupo Maiores em mais de 45, dos 60 municípios. Ao contrário, quatro indicadores: Independência Tributária; Gasto com Saúde pela RCL; Gasto com Educação pela RCL; e Captação de Recursos foram classificados no grupo Menores em mais de 75% dos municípios, sendo responsáveis por influenciar negativamente o resultado nesse grupo populacional.

O Mapa 3 exibe a distribuição territorial do ICGM 2023 no tocante aos 60 municípios do Grupo Populacional 3, consentindo-se comparar regionalmente o ICGM 2023 dos municípios assim como localizar geograficamente os municípios com maiores e menores valores.

Mapa 3: ICGM 2023 dos municípios do Grupo Populacional 3. Fonte: IPECE.


3.4 Municípios do Grupo Populacional 4

No quarto e último grupo, estão os oitenta e sete municípios cearenses com população até 20 mil habitantes. A Tabela 5.1, no Apêndice 5, apresenta os municípios deste grupo por colocação no Ranking do resultado do ICGM 2023, distribuídos pelas catorze Regiões de Planejamento e por suas populações.

A Tabela 10 abaixo ilustra as estatísticas descritivas para o ICGM 2023 neste grupo de municípios, verificando-se que o maior índice neste grupo foi de 0,72200 e o menor igual a 0,45018. A média dos índices correspondeu a 0,58721 e o desvio-padrão encontrado foi de 0,05661, remetendo a baixa variabilidade do ICGM 2023 também nesta faixa populacional.

Tabela 10: Estatísticas descritivas para o ICGM 2023 - Municípios do Grupo Populacional 4

Mínimo

Média

Máximo

Desvio Padrão

Coeficiente de Variação %

0,45018

0,58721

0,72200

0,05661

9,64100

Fonte: IBGE. Elaboração: IPECE.

Avaliando os dados presentes na Tabela 11, observa-se que o município de Cariré alcançou a melhor nota (0,72200), seguido dos municípios de Jaguaretama (0,70339) e Solonópole (0,70054). Dentre os dez municípios, do Grupo Populacional 4, com maior ICGM 2023, três estão localizados nas Regiões de Planejamento Sertão Central e Sertão de Sobral e apenas um município nas regiões Centro Sul; Sertões de Canindé; Sertões de Inhamuns; e Vale do Jaguaribe.

Tabela 11: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 4 com maior ICGM 2023, Região de Planejamento, população e Índice

Ranking

Município

Região de Planejamento

População

ICGM

1

Cariré

Sertão de Sobral

17.632

0,72200

2

Jaguaretama

Vale do Jaguaribe

17.232

0,70339

3

Solonópole

Sertão Central

18.179

0,70054

4

Deputado Irapuan Pinheiro

Sertão Central

8.932

0,69819

5

Pires Ferreira

Sertão de Sobral

10.606

0,68983

6

Aiuaba

Sertão dos Inhamuns

14.076

0,68078

7

Ibicuitinga

Sertão Central

11.611

0,67811

8

Madalena

Sertão de Canindé

16.896

0,66974

9

Groaíras

Sertão de Sobral

10.910

0,66576

10

Quixelô

Centro Sul

15.910

0,66029

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração IPECE.

Os Gráficos 19 a 21 apresentam os valores padronizados dos indicadores dos três municípios que lideram o ICGM 2023 dentre aqueles do Grupo Populacional 4.

No Grupo Populacional 4, o município de Cariré obteve o 1º lugar, onde, conforme o Gráfico 19, nove indicadores foram classificados no grupo Maiores, são eles: Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; Captação de Recursos (estes dois obtiveram nota máxima, igual a 1,0); Investimentos; Gasto com Educação pela RCL; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Gasto com Pessoal pela RCL; Índice Municipal de Qualidade Educacional; Indicador de Transparência; e Despesa de Pessoal. Três indicadores: Gasto com Saúde pela RCL; Complexidade Tributária e Restos a Pagar Pagos ficaram no grupo Médios, enquanto somente um indicador (Independência Tributária) ficou no grupo Menores.

Gráfico 19: Valores padronizados dos indicadores para o município de Cariré (1º lugar)

Fonte: IPECE

O município de Jaguaretama ficou no 2º lugar no grupo dos municípios do Grupo Populacional 4 em 2023 e conforme o Gráfico 20, dos sete indicadores que ficaram no grupo Maiores, três alcançaram o valor máximo (1,0), quais sejam: Independência Tributária; Indicador de Transparência; e Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente. Os outros indicadores foram: Gasto com Pessoal pela RCL; Gasto com Saúde pela RCL; Despesa de Pessoal; e Restos a Pagar Pagos. Já cinco indicadores foram classificados no grupo Médios: Gasto com Educação pela RCL; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Investimentos; Índice Municipal de Qualidade Educacional; e Captação de Recursos. Somente um indicador (Complexidade Tributária) ficou no grupo Menores.

Gráfico 20: Valores padronizados dos indicadores para o município de Jaguaretama (2º lugar)

Fonte: IPECE

Por fim, Solonópole que ficou na 3ª posição, nos municípios do Grupo 4, teve oito indicadores classificados no grupo Maiores, são eles: Indicador de Transparência, com resultado máximo (1,0); Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; Gasto com Educação pela RCL; Captação de Recursos; Complexidade Tributária; Gasto com Pessoal pela RCL; Índice Municipal de Qualidade Educacional. Quatro indicadores: Gasto com Saúde pela RCL; Despesa de Pessoal; Restos a Pagar Pagos e Investimentos ficaram no grupo Médios e Independência Tributária foi o único indicador no grupo Menores.

Gráfico 21: Valores padronizados dos indicadores para o município de Solonópole (3º lugar)

Fonte: IPECE

Por outro lado, verifica-se na Tabela 12 os municípios que registraram os menores valores do ICGM 2023, para os municípios do Grupo Populacional 4. Poranga apresentou o menor ICGM (0,45018), seguido por Tururu (0,46712) e Tejuçuoca (0,49007). Dentre os dez municípios de menor ICGM 2023 do Grupo Populacional 4, três estão concentrados nas Regiões de Planejamento do Cariri, Litoral Oeste / Vale do Curu e Vale do Jaguaribe e um município se encontra na Região de Planejamento Sertões de Crateús, demonstrando alta concentração dos municípios nas Regiões de Planejamento.

Tabela 12: Ranking dos dez municípios do Grupo Populacional 4 com menor ICGM 2023, Região de Planejamento, população e Índice

Ranking

Município

Região de Planejamento

População

ICGM

87

Poranga

Sertão dos Crateús

12.065

0,45018

86

Tururu

Litoral Oeste / Vale do Curu

15.412

0,46712

85

Tejuçuoca

Litoral Oeste / Vale do Curu

17.154

0,49007

84

Palhano

Vale do Jaguaribe

9.346

0,50493

83

Santana do Cariri

Cariri

16.954

0,50782

82

Barro

Cariri

19.381

0,51010

81

Miraíma

Litoral Oeste / Vale do Curu

14.196

0,51174

80

Potiretama

Vale do Jaguaribe

5.974

0,51188

79

São João do Jaguaribe

Vale do Jaguaribe

5.855

0,51703

78

Salitre

Cariri

16.633

0,51801

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração IPECE.

Os Gráficos 22 a 24 apresentam os valores padronizados dos indicadores dos três municípios que obtiveram os menores resultados no ICGM 2023, no tocante ao conjunto de municípios classificados como do Grupo Populacional 4.

Dentre os municípios do Grupo Populacional 4, segundo o Gráfico 22, Poranga que obteve a última posição em 2023, não alcançou valor máximo (1,0) em qualquer um dos indicadores. Porém, três indicadores (Gasto com Educação pela RCL; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; e Gasto com Saúde pela RCL) obtiveram resultados compatíveis no grupo Maiores. Já seis indicadores ficaram no grupo Médios, são eles: Despesa de Pessoal; Gasto com Pessoal pela RCL; Complexidade Tributária; Índice Municipal de Qualidade Educacional; Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; e Indicador de Transparência e quatro foram classificados no grupo Menores: Restos a Pagar Pagos; Investimentos; Independência Tributária; e Captação de Recursos.

Gráfico 22: Valores padronizados dos indicadores para o município de Poranga (87º lugar)

Fonte: IPECE

Na sequência, o município de Tururu, ocupando a 86ª posição no Ranking dos municípios do Grupo Populacional 4, também não possuiu qualquer indicador com nota máxima (1,0). Segundo o Gráfico 23, três indicadores foram classificados no grupo Maiores (Indicador de Transparência; Gasto com Saúde pela RCL; e Gasto com Educação pela RCL). Já os quatro indicadores: Despesa de Pessoal; Gasto com Pessoal pela RCL; Restos a Pagar Pagos e Índice Municipal de Qualidade da Saúde ficaram no grupo Médio e seis indicadores foram para o grupo Menores, são eles: Complexidade Tributária; Índice Municipal de Qualidade Educacional; Captação de Recursos; Independência Tributária; Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente; e Investimentos.

Gráfico 23: Valores padronizados dos indicadores para o município de Tururu (86º lugar)

Fonte: IPECE

Por fim, Tejuçuoca ficando na 85ª posição no Ranking do ICGM 2023 dentre os municípios do Grupo Populacional 4, também não possuiu qualquer indicador com valor igual a 1,0 (nota máxima). Conforme mostra o Gráfico 24, cinco indicadores foram classificados no grupo Maiores, são eles: Gasto com Educação pela RCL; Indicador de Transparência; Gasto com Pessoal pela RCL; Despesa de Pessoal; e Gasto com Saúde pela RCL. Outros quatro indicadores (Restos a Pagar Pagos; Índice Municipal de Qualidade da Saúde; Investimentos; e Complexidade Tributária) obtiveram valores dentro do grupo Médios e, por fim, quatro indicadores: Índice Municipal de Qualidade Educacional; Independência Tributária; Captação de Recursos; e Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente ficaram no grupo Menores.

Gráfico 24: Valores padronizados dos indicadores para o município de Tejuçuoca (85º lugar)

Fonte: IPECE

A Tabela 5.2, no Apêndice 3, apresenta os valores dos indicadores, sem padronização, por ordem alfabética, para os municípios do Grupo Populacional 4.

Três indicadores (Índice de Qualidade do Meio Ambiente; Indicador de Transparência; e Gasto com Educação pela RCL) chamam atenção pois ficaram no grupo Maiores em mais de 55, dos 87 municípios do Grupo Populacional 4.

O Mapa 4 apresenta a classificação geográfica do ICGM 2023 quanto aos municípios do Grupo Populacional 4, verificando-se que um total de 13 municípios tiveram o valor do ICGM 2023 superior a 0,6500, tendo-se em seguida um total de 20 municípios com valores entre 0,6001 e 0,6500.

Mapa 4: ICGM 2023 dos municípios do Grupo Populacional 4. Fonte: IPECE.


4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme o estabelecido na legislação brasileira, o gestor público municipal é eleito, nomeado ou designado, assumindo, assim, uma responsabilidade e um compromisso com a população em exercer a administração do município e garantir a lisura e o bom uso do dinheiro público, na aplicação e gerenciamento dos recursos públicos, na forma da lei e atento, sempre, aos princípios da Administração Pública.

Para tanto, no momento de definir as políticas públicas e tomar as decisões, com base nos resultados alcançados, o gestor municipal deve se preocupar em superar os desafios e limites financeiros, além das adversidades exógenas, no sentido de prestar serviços de qualidade que atendam as necessidades e melhora da qualidade de vida dos seus cidadãos, de forma sustentável e transparente, garantindo o diálogo e interação com a sociedade, e principalmente, a prestação de contas com os contribuintes.

Se faz necessário, então, que o gestor do município se preocupe em planejar a capacidade de alocar e pagar as despesas, conforme seu planejamento orçamentário e sua capacidade no aumento e diversificação das suas fontes de recursos próprios e de transferências por meio de convênios. O que exige, do gestor público e sua equipe, um pleno conhecimento, com base em evidências, da realidade do município, controle, monitoramento e avaliação das informações sobre receitas, despesas e gastos com serviços sociais. O que só pode ser a partir de indicadores ambientais, sociais, econômicos e de gestão pública.

Algumas instituições elaboraram seus próprios índices de gestão pública municipal, a saber: Rede Nacional de Indicadores Públicos (Rede Indicon em parceria com o Instituto Rui Barbosa (IRB): Índice de Efetividade da Gestão Municipal - IEGM; Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN): Índice FIRJAN de Gestão Fiscal - IFGF; Conselho Federal de Administração (CFA): Índice CFA de Governança Municipal - IGM-CFA; e Centro de Liderança Pública (CLP): Ranking de Competitividade dos Municípios. Por fim, Instituto Aquila: Índice de Gestão Municipal Aquila - IGMA.

O Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômico do Ceará (IPECE), também, resolveu desenvolver um índice geral capaz de consolidar todas as informações ambientais, sociais, econômicas e de gestão pública, dentro da realidade dos municípios cearenses, possibilitando o monitoramento da gestão pública municipal através de uma análise comparativa com o desempenho dos demais municípios localizados no estado do Ceará, criando para isso o Índice Comparativo de Gestão Municipal (ICGM).

O ICGM propõe-se, assim, subsidiar a gestão pública municipal na elaboração de políticas com base nos resultados alcançados, gerar uma competitividade saudável entre os municípios e estimular uma maior integração entre governo e a sociedade.

Para tornar a análise mais apropriada e comparável, o cálculo do ICGM fez uso do corte por porte populacional, visto que a gestão municipal é fortemente afetada por aspectos demográficos, especialmente pelo porte hierárquico do município. Desta forma, os municípios foram separados em quatro grupos cada um apresentando diferentes cortes populacionais: Grupo Populacional 1 com 8 municípios (população acima de 100 mil habitantes); Grupo Populacional 2 com 29 municípios (população acima de 50 mil e menor que 100 mil habitantes); Grupo Populacional 3 com 60 municípios (população acima de 20 mil e menor que 50 mil habitantes); e Grupo Populacional 4 com 87 municípios (população até 20 mil habitantes).

Dando seguimento aos aspectos metodológicos, destaca-se que o referido índice é composto por treze indicadores, que disponibilizam informações comuns aos 184 municípios e que permite uma coleta de forma continuada e de fácil acesso anualmente, agrupados em quatro dimensões: Planejamento, Recursos Financeiros, Serviços e Transparência. Tais indicadores foram coletados e padronizados, considerando-se valores de 0 a 1. Assim, para cada porte populacional, tem-se que o cálculo do ICGM corresponde à média aritmética simples dos treze indicadores.

É possível observar, como principais resultados encontrados, por grupo populacional, que dentre os oito municípios que compõem o Grupo Populacional 1, aquele que apresentou o maior ICGM 2023 foi Sobral (0,90316), onde dos trezes indicadores, doze ficaram no grupo Maiores, apenas um indicador foi encaixado no grupo Médios e não apresentou qualquer indicador no grupo Menores. O segundo lugar foi Crato (0,73578) com dez indicadores no grupo Maiores, três classificados no grupo Médios e não apresentou qualquer indicador no grupo Menores. E na terceira posição, o município de Caucaia (0,70187) com sete indicadores no grupo Maiores, outros seis no grupo Médios e, também, não apresentou qualquer indicador no grupo Menores, revelando-se como os três municípios de melhor gestão municipal neste grupo.

Enquanto isso, no Grupo Populacional 1, o menor resultado foi observado em Juazeiro do Norte (0,65118) que teve seis indicadores no grupo Maiores, seis no grupo Médios e somente um no grupo Menores. O penúltimo município no Grupo Populacional 1 foi Itapipoca (0,66545) com oito indicadores no grupo Maiores, três se caracterizaram no grupo Médios e outros dois no grupo Menores. Em seguida, o município de Maracanaú (0,66613) se posicionou no 6º lugar, com nove indicadores no grupo Maiores, dois ficaram no grupo Médios e outros dois no grupo Menores. Cabe ressaltar que três indicadores (Complexidade Tributária; Índice de Qualidade da Saúde; e Indicador de Transparência) se destacaram neste Grupo Populacional, pois o resultado nos oito municípios foi na faixa do grupo Maiores.

Um fato que chamou a tenção no Grupo Populacional 1, foi que sete, dos treze indicadores, ficaram no grupo Maiores em mais de seis municípios (75%), e destes, três indicadores (Complexidade Tributária; Índice de Qualidade da Saúde; e Indicador de Transparência) foram classificados neste grupo populacional, nos oito municípios (100%), o que não aconteceu nos demais grupos populacionais.

Em relação aos vinte e nove municípios considerados do Grupo Populacional 2, Tauá apresentou o maior ICGM 2023 (0,72074), seguido por Granja (0,70034) e Acaraú (0,64757). Em contrapartida, dentre os municípios considerados do Grupo Populacional 2, Pacatuba apresentou o menor índice (0,46381), seguido por Iguatu (0,49665) e Morada Nova (0,51090).

No Grupo Populacional 2, três indicadores (Gasto com Educação pela RCL; Índice de Qualidade do Meio Ambiente; e Indicador de Transparência) ficaram no grupo Maiores em mais de 21 municípios, dos 29 deste grupo populacional. Por outro lado, os indicadores Captação de Recursos e Independência Tributária foram classificados no grupo Menores em mais de 75% dos municípios, o que puxa para baixo o resultado nesse grupo populacional.

Com relação ao Grupo Populacional 3 que abrange sessenta municípios, o maior ICGM 2023 foi evidenciado por Jijoca de Jericoacoara (0,67438) seguido por Novo Oriente (0,65742) e Senador Pompeu (0,64326), ou seja, os municípios referência em gestão pública municipal do citado grupo. Considerando os municípios com menores ICGM 2023, neste grupo, tem-se Missão Velha (0,38285), posteriormente Amontada (0,39122) e Itapajé (0,40786).

Neste grupo populacional, três indicadores (Indicador de Transparência; Despesa de Pessoal; e Índice de Qualidade do Meio Ambiente) ficaram no grupo Maiores em mais de 45, dos 60 municípios. Ao contrário, quatro indicadores: Independência Tributária; Gasto com Saúde pela RCL; Gasto com Educação pela RCL; e Captação de Recursos foram classificados no grupo Menores em mais de 75% dos municípios, o que puxa para baixo o resultado nesse grupo populacional.

E por fim, dentre os oitenta e sete municípios do Grupo Populacional 4, aquele que alcançou a melhor nota foi Cariré (0,72200), seguido dos municípios Jaguaretama (0,70339) e Solonópole (0,70054), isto é, os municípios com melhor gestão municipal dentro do grupo dos municípios menos populosos. Enquanto Poranga apresentou o menor ICGM 2023 (0,45018), ficando acima dele, Tururu (0,46712) e Tejuçuoca (0,49007).

Três indicadores (Índice de Qualidade do Meio Ambiente; Indicador de Transparência; e Gasto com Educação pela RCL) chamam atenção, no Grupo Populacional 4 pois ficaram no grupo Maiores em mais de 55, dos 87 municípios.

Desta forma o IPECE, por meio do ICGM 2023, oferece um relevante instrumento de controle para toda a sociedade e mais uma ferramenta de gestão pública que poderá nortear as ações dos municípios cearenses que buscam o aprimoramento contínuo dos seus processos decisórios focado em evidências.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL. Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965. Brasil: Presidência da República, 1965. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4769.htm. Acesso em: 07 de março de 2024.

CEARÁ. Decreto Estadual nº 35.087, de 30 de dezembro de 2022 - aperfeiçoa e adequa a metodologia para cálculo do Índice Municipal de Qualidade Educacional (IQE), à política educacional definida pela Secretaria da Educação do Estado do Ceará - SEDUC. Disponível em: https://www.ipece.ce.gov.br/legislacao-cota-parte-icms/. Acesso em: 07 de março de 2024.

CEARÁ. Decreto Estadual nº 33.424 de 07 de janeiro de 2020 - Modifica o Índice Municipal de Qualidade da Saúde (IQS). Disponível em: https://www.ipece.ce.gov.br/legislacao-cota-parte-icms/. Acesso em: Acesso em: 07 de março de 2024.

CEARÁ. Decreto Estadual nº 35.051, de 15 de dezembro de 2022 (CEARÁ, 2022) que modificou as regras do Índice Municipal de Qualidade do Meio Ambiente (IQM) leva em consideração indicadores de elevada importância na mensuração de condições ambientais com foco na Gestão de Resíduos Sólidos. Disponível em: https://www.ipece.ce.gov.br/cota-parte-do-icms/. Acesso em: Acesso em: 07 de março de 2024.

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MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Municipal Brasileiro. 20ª ed. ver. atual. e ampl. São Paulo: Editora JusPodivm (Coedição Malheiros), 2023.

MICLOS, Paula Vitali, CALVO, Maria Cristina Marino e COLUSSI, Claudia Flemming. Avaliação do desempenho das ações e resultados em saúde da atenção básica. Revista Saúde Pública. 2017; 51:86. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/rsp/2017.v51/86/pt. Acesso em: 22 de fevereiro de 2024.

PENA, Rodolfo F. Alves. Hierarquia urbana mundial. Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/hierarquia-urbana-mundial.htm. Acesso em 21 de fevereiro de 2023.

PONTES, Marcela Amaral, TAVARES, Noemia Uruth Leão, FRANCISCO, Priscila Maria Stolses Bergamo, NAVES, Janeth de Oliveira Silva. Aplicação de recursos financeiros para aquisição de medicamentos para atenção básica em municípios brasileiros. Revista Ciência & Saúde Coletiva. Vol. 22 - nº 8. Rio de Janeiro-RJ: Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), agosto/2017. Disponível em: https://cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/aplicacao-de-recursos-financeiros-para-aquisicao-de-medicamentos-para-atencao-basica-em-municipios-brasileiros/15874. Acesso em: 07 de março de 2024.

RIANI, Flávio. Economia do Setor Público: Uma Abordagem Introdutória. Editora Atlas S.A., 4° Edição, São Paulo. 2002.

SEIDL, H. M. F., VIEIRA, S. P., FAUSTO, M. C. R., LIMA, R. C. D., GAGNO, J. L. Gestão do trabalho na atenção básica em saúde: uma análise a partir da perspectiva das equipes participantes do PMAQ-2012. Saúde Debate. 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sdeb/a/NNBGZtcDZR6MH56gb3dWHZS/abstract/?lang=pt. Acesso em: 07 de março de 2024.

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TCESP. Índice de Efetividade da Gestão Municipal: Manual 2021, dados do exercício 2019. São Paulo: TCESP, 2019. Disponível em: https://www.tce.sp.gov.br/publicacoes/manual-ieg-m-2021. Acesso em: 07 de março de 2024.

WILLEMANN, M. C. A., MEDEIROS, J. M., LACERDA, J. T., CALVO, M. C. M. Atualização intercensitária de estratificação de municípios brasileiros para avaliação de desempenho em saúde, Epidemiol. Serviço de Saúde. 2019. Vol. 28(3). DOI: 10.5123/s1679-49742019000300004. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v28n3/2237-9622-ess-28-03-e2018377.pdf. Acesso em: 07 de março de 2024







APÊNDICES


Apêndice 1: Ficha Técnica dos Indicadores


PLANEJAMENTO

Indicador: Captação de Recursos (CR) Indicador: Restos a Pagar Pagos (RPP)

RECURSOS FINANCEIROS

Composição da Receita

Indicador: Independência Tributária (IT) Indicador: Complexidade Tributária (CT)


Alocação de Despesa

Indicador: Despesa de Pessoal (DP)

Indicador: Investimentos (INV)


Comprometimento da Receita Corrente Líquida (RCL)

Indicador: Gasto com Pessoal pela Receita Corrente Líquida (GPRCL)

Indicador: Gasto com Saúde pela Receita Corrente Líquida (GSRCL)

Indicador: Gasto com Educação pela Receita Corrente Líquida (GERCL)


SERVIÇOS

Indicador: Índice de Qualidade da Educação (IQE)

Indicador: Índice de Qualidade do Meio Ambiente (IQM)


TRANSPARÊNCIA

Indicador: Indicador de Transparência (IT)


Apêndice 2: Indicadores, sem padronização, por ordem alfabética para os municípios do Grupo Populacional 1.


Tabela 2.1: Indicadores, sem padronização, para os municípios do Grupo Populacional 1.

Município

ICGM

Captação de Recursos

Restos a Pagar Pagos

Complexidade Tributária

Independência Tributária

Investimentos

Despesa de Pessoal

Gasto com Pessoal pela RCL

Gasto com Saúde pela RCL

Gasto com Educação pela RCL

IQE

IQS

IQM

Indicador de Transparência

Caucaia

0,70187

3,14617

39,46037

0,34069

14,99064

7,16392

52,35938

58,63469

25,18685

46,36712

0,00311

0,00465

0,47500

1,00000

Crato

0,73578

2,56142

75,49985

0,48447

10,71276

7,85043

56,38964

59,80534

34,37516

35,94245

0,00558

0,00513

0,87500

0,91667

Fortaleza

0,69398

0,49791

74,60658

0,44594

29,14466

8,59495

56,25796

61,09757

31,51150

25,77137

0,00306

0,00461

0,80833

1,00000

Itapipoca

0,66545

3,46392

47,93252

0,49822

6,47166

9,27189

52,60653

50,64981

26,90606

43,38949

0,00352

0,00434

0,30000

0,91667

Juazeiro do Norte

0,65118

1,64089

55,64105

0,44346

16,71506

7,65703

64,85814

67,10531

28,57818

38,24446

0,00247

0,00528

0,77500

0,75000

Maracanaú

0,66613

0,60430

87,62519

0,45577

12,80449

16,42934

53,83710

55,90021

30,72515

31,52993

0,00356

0,00476

0,17500

0,91667

Maranguape

0,67797

2,77983

63,22022

0,44397

8,38892

4,67738

58,49891

63,70828

31,21229

40,52247

0,00331

0,00448

1,00000

0,75000

Sobral

0,90316

3,29484

94,68951

0,36997

12,12873

12,00438

42,88746

42,43743

38,72650

33,48522

0,00848

0,00572

1,00000

1,00000

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração: IPECE.


Apêndice 3: Região de Planejamento, População, Resultados do ICGM 2023 e os indicadores, sem padronização por Ranking para os municípios do Grupo Populacional 2.


Tabela 3.1 Região de Planejamento, População e Índice do ICGM 2023 por Ranking para os municípios do Grupo Populacional 2.

Ranking

Município

Região de Planejamento

População

ICGM

1

Tauá

Sertão dos Inhamuns

61,227

0,72074

2

Granja

Litoral Norte

53,344

0,70034

3

Acaraú

Litoral Norte

65,264

0,64757

4

Boa Viagem

Sertão de Canindé

50,411

0,64720

5

Quixeramobim

Sertão Central

82,177

0,64652

6

Eusébio

Grande Fortaleza

74,170

0,64466

7

Horizonte

Grande Fortaleza

74,755

0,64277

8

Pacajus

Grande Fortaleza

70,983

0,63214

9

Crateús

Sertão dos Crateús

76,390

0,62652

10

Russas

Vale do Jaguaribe

72,928

0,62477

11

Barbalha

Cariri

75,033

0,61987

12

Icó

Centro Sul

62,642

0,61129

13

Viçosa do Ceará

Serra da Ibiapaba

59,712

0,60696

14

Aquiraz

Grande Fortaleza

80,645

0,60514

15

Brejo Santo

Cariri

51,090

0,60095

16

Camocim

Litoral Norte

62,326

0,59191

17

Itaitinga

Grande Fortaleza

64,650

0,59122

18

Aracati

Litoral Leste

75,113

0,58826

19

Canindé

Sertão de Canindé

74,174

0,58555

20

Cascavel

Grande Fortaleza

72,720

0,57294

21

Beberibe

Litoral Leste

53,114

0,57176

22

Quixadá

Sertão Central

84,168

0,55467

23

São Gonçalo do Amarante

Grande Fortaleza

54,143

0,53445

24

Tianguá

Serra da Ibiapaba

81,506

0,52733

25

Trairi

Grande Fortaleza

58,415

0,52540

26

Limoeiro do Norte

Vale do Jaguaribe

59,560

0,52479

27

Morada Nova

Vale do Jaguaribe

61,443

0,51090

28

Iguatu

Centro Sul

98,064

0,49665

29

Pacatuba

Grande Fortaleza

81,524

0,46381

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração: IPECE.



Tabela 3.2: Indicadores, sem padronização, para os municípios do Grupo Populacional 2.

Município

ICGM

Captação de Recursos

Restos a Pagar Pagos

Complexidade Tributária

Independência Tributária

Investimentos

Despesa de Pessoal

Gasto com Pessoal pela RCL

Gasto com Saúde pela RCL

Gasto com Educação pela RCL

IQE

IQS

IQM

Indicador de Transparência

Acaraú

0,64757

15,29754

45,29221

0,65923

7,59678

15,51794

55,66887

50,63166

32,23041

43,59919

0,00448

0,00607

1,00000

1,00000

Aquiraz

0,60514

1,76790

82,48488

0,34237

27,83314

11,06372

58,62382

58,54888

27,78948

39,49439

0,00329

0,00467

0,22500

1,00000

Aracati

0,58826

4,09755

47,25078

0,41523

11,56506

6,23390

52,11348

53,43882

24,16735

37,34048

0,00477

0,00475

1,00000

1,00000

Barbalha

0,61987

1,58809

64,72156

0,41386

5,56867

3,78696

34,19736

32,68550

57,33742

22,43686

0,00257

0,00549

0,90000

0,83333

Beberibe

0,57176

1,29997

59,51674

0,36915

9,30441

5,64517

61,85900

68,96531

26,54828

43,13143

0,00341

0,00473

1,00000

1,00000

Boa Viagem

0,64720

13,81108

70,66818

0,52251

4,69507

21,07723

63,22225

62,62050

20,04868

45,35884

0,00320

0,00728

1,00000

0,83333

Brejo Santo

0,60095

0,80747

22,51053

0,31002

6,56361

10,74951

48,57938

47,37202

30,92192

51,25283

0,00410

0,00526

1,00000

0,75000

Camocim

0,59191

2,13464

39,14101

0,36330

5,35502

3,99736

47,93427

46,21526

29,43799

40,43915

0,00557

0,00599

1,00000

0,83333

Canindé

0,58555

1,41668

29,86146

0,36769

6,31595

8,03607

63,36224

66,47384

27,99495

45,98542

0,00543

0,00726

1,00000

0,83333

Cascavel

0,57294

1,90466

65,54029

0,38471

6,21097

9,16693

57,64715

57,90683

30,90965

41,44182

0,00445

0,00474

1,00000

0,58333

Crateús

0,62652

10,94367

25,31639

0,46993

8,43762

8,06078

43,68518

43,95978

35,03377

40,38623

0,00515

0,00593

1,00000

0,91667

Eusébio

0,64466

1,23282

32,88388

0,35269

32,91120

10,48966

48,15298

52,14372

27,78435

34,33817

0,00627

0,00500

0,80000

0,91667

Granja

0,70034

10,25181

76,47143

0,43849

4,34963

19,61943

49,04409

45,63717

20,30323

51,15370

0,00554

0,00630

1,00000

0,91667

Horizonte

0,64277

5,19160

79,51930

0,47070

12,57876

20,37090

57,11560

55,21776

28,72936

40,86250

0,00440

0,00476

0,75000

0,91667

Icó

0,61129

8,65710

55,32656

0,62733

5,06708

8,10725

44,23830

41,70455

25,99846

45,71480

0,00393

0,00509

1,00000

1,00000

Iguatu

0,49665

0,31590

0,00000

0,33998

12,81726

6,31500

53,51712

53,05355

32,41603

34,14249

0,00271

0,00497

1,00000

0,41667

Itaitinga

0,59122

1,82820

74,40385

0,42035

14,03036

7,83689

57,06445

58,34749

23,27382

42,40642

0,00425

0,00503

0,80000

0,91667

Limoeiro do Norte

0,52479

4,36807

62,07727

0,70192

7,12743

1,61198

47,46093

49,60213

30,22777

34,80554

0,00487

0,00455

1,00000

0,50000

Morada Nova

0,51090

0,72882

63,01383

0,59522

5,65619

3,55880

56,25807

64,50385

24,12723

39,52554

0,00254

0,00481

1,00000

0,83333

Pacajus

0,63214

2,44254

62,46229

0,35537

9,67754

16,23994

65,97271

62,84901

23,76541

48,72350

0,00471

0,00426

1,00000

1,00000

Pacatuba

0,46381

1,58524

0,00000

0,59154

9,41968

17,33060

69,38886

63,37333

28,13922

42,42767

0,00293

0,00475

0,25000

0,83333

Quixadá

0,55467

1,07847

49,91350

0,43821

8,35161

2,50881

61,20172

68,39423

34,42604

33,03949

0,00356

0,00782

1,00000

0,83333

Quixeramobim

0,64652

1,81328

79,05596

0,44377

5,93240

2,71965

51,78895

59,15417

31,22713

43,68223

0,00820

0,00735

1,00000

0,91667

Russas

0,62477

5,93986

87,60778

0,39379

6,93264

7,85520

46,37194

48,68592

29,54110

38,59934

0,00382

0,00450

0,95000

0,91667

São Gonçalo do Amarante

0,53445

1,99954

76,60823

0,81480

22,94502

7,82572

46,89198

45,73167

26,41770

32,82160

0,00340

0,00487

0,00000

1,00000

Tauá

0,72074

30,64425

60,78554

0,62604

7,18009

18,65463

44,18094

47,17790

32,14710

34,54466

0,00590

0,00728

1,00000

0,75000

Tianguá

0,52733

6,98708

65,94913

0,61356

7,05057

9,07521

58,01710

56,72072

32,89377

53,20084

0,00406

0,00605

0,05000

0,66667

Trairi

0,52540

1,78353

62,54532

0,52055

9,89684

7,25065

47,19737

44,44575

25,91737

45,96777

0,00367

0,00465

0,00000

1,00000

Viçosa do Ceará

0,60696

1,09862

64,18714

0,40097

4,04470

5,78989

49,88430

50,98289

19,65146

52,69320

0,00513

0,00599

0,90000

1,00000

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração: IPECE.



Apêndice 4: Região de Planejamento, População, Resultados do ICGM 2023 e os indicadores, sem padronização por Ranking para os municípios do Grupo Populacional 3.


Tabela 4.1: Região de Planejamento, População e Índice do ICGM 2023 por Ranking para os municípios do Grupo Populacional 3.

Ranking

Município

Região de Planejamento

População

ICGM

1

Jijoca de Jericoacoara

Litoral Norte

25,555

0,67438

2

Novo Oriente

Sertão dos Crateús

27,545

0,65742

3

Senador Pompeu

Sertão Central

24,266

0,64326

4

Nova Russas

Sertão dos Crateús

30,699

0,63930

5

Tamboril

Sertão dos Crateús

24,815

0,62661

6

Parambu

Sertão dos Inhamuns

31,445

0,61710

7

Assaré

Cariri

21,697

0,61056

8

Jaguaribe

Vale do Jaguaribe

33,726

0,59544

9

Itatira

Sertão de Canindé

20,424

0,58550

10

Cruz

Litoral Norte

29,761

0,58489

11

Pedra Branca

Sertão Central

40,187

0,57986

12

Quiterianópolis

Sertão dos Inhamuns

20,213

0,57971

13

São Benedito

Serra da Ibiapaba

47,640

0,57314

14

Jucás

Centro Sul

23,922

0,57106

15

Mombaça

Sertão Central

37,735

0,56222

16

Guaraciaba do Norte

Serra da Ibiapaba

42,053

0,55618

17

Marco

Litoral Norte

25,799

0,55521

18

Forquilha

Sertão de Sobral

24,173

0,55181

19

Santana do Acaraú

Sertão de Sobral

30,628

0,55088

20

Itarema

Litoral Norte

42,957

0,55029

21

Morrinhos

Litoral Norte

22,753

0,55003

22

Tabuleiro do Norte

Vale do Jaguaribe

30,652

0,54960

23

Várzea Alegre

Cariri

38,984

0,54788

24

Independência

Sertão dos Crateús

24,024

0,54370

25

Pindoretama

Grande Fortaleza

23,391

0,54026

26

Guaiúba

Grande Fortaleza

24,325

0,52209

27

Aracoiaba

Maciço de Baturité

25,553

0,52185

28

Cedro

Centro Sul

22,344

0,51853

29

Chorozinho

Grande Fortaleza

20,163

0,51789

30

Baturité

Maciço de Baturité

35,218

0,51410

31

Irauçuba

Litoral Oeste / Vale do Curu

23,915

0,51335

32

Lavras da Mangabeira

Cariri

30,802

0,51003

33

Barreira

Maciço de Baturité

22,392

0,50560

34

Coreaú

Sertão de Sobral

20,953

0,50471

35

Mauriti

Cariri

45,561

0,50122

36

Pentecoste

Litoral Oeste / Vale do Curu

37,813

0,49962

37

Ubajara

Serra da Ibiapaba

32,767

0,49797

38

Paracuru

Grande Fortaleza

38,980

0,49723

39

Quixeré

Vale do Jaguaribe

20,874

0,49588

40

Ipueiras

Sertão dos Crateús

36,798

0,49171

41

Ibiapina

Serra da Ibiapaba

23,965

0,49066

42

Redenção

Maciço de Baturité

27,214

0,49055

43

Paraipaba

Grande Fortaleza

32,216

0,48953

44

Aurora

Cariri

23,714

0,48463

45

Santa Quitéria

Sertão dos Crateús

40,183

0,48264

46

Bela Cruz

Litoral Norte

32,775

0,48057

47

Ocara

Maciço de Baturité

24,493

0,47636

48

Ipu

Serra da Ibiapaba

41,081

0,47058

49

Massapê

Sertão de Sobral

37,697

0,46976

50

Caririaçu

Cariri

26,320

0,46723

51

Milagres

Cariri

25,900

0,45768

52

Uruburetama

Litoral Oeste / Vale do Curu

20,189

0,45156

53

Campos Sales

Cariri

25,135

0,44786

54

Jardim

Cariri

27,411

0,43672

55

Icapuí

Litoral Leste

21,433

0,43517

56

Jaguaruana

Litoral Leste

31,701

0,42057

57

Acopiara

Centro Sul

44,962

0,42022

58

Itapajé

Litoral Oeste / Vale do Curu

46,426

0,40786

59

Amontada

Litoral Oeste / Vale do Curu

42,156

0,39122

60

Missão Velha

Cariri

36,822

0,38285

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração: IPECE.


Tabela 4.2: Indicadores, sem padronização, para os municípios do Grupo Populacional 3.

Município

ICGM

Captação de Recursos

Restos a Pagar Pagos

Complexidade Tributária

Independência Tributária

Investimentos

Despesa de Pessoal

Gasto com Pessoal pela RCL

Gasto com Saúde pela RCL

Gasto com Educação pela RCL

IQE

IQS

IQM

Indicador de Transparência

Acopiara

0,42022

0,31635

29,22381

0,55925

4,64581

1,45512

56,27453

62,04933

25,14426

40,56617

0,00287

0,00479

1,00000

0,58333

Amontada

0,39122

1,86265

33,08152

0,56060

6,27504

4,79448

69,60488

76,09180

20,72361

46,31321

0,00407

0,00439

0,15000

1,00000

Aracoiaba

0,52185

7,01442

67,27193

0,66237

4,44883

4,43957

49,56762

50,91717

31,44380

39,33774

0,00370

0,00439

1,00000

0,91667

Assaré

0,61056

19,59052

53,17831

0,70780

4,31648

30,63898

58,53619

49,84105

31,22274

36,04891

0,00380

0,00550

1,00000

0,83333

Aurora

0,48463

3,76852

52,40032

0,74709

3,98152

5,12799

53,90644

54,03271

38,42444

34,41019

0,00327

0,00490

1,00000

0,83333

Barreira

0,50560

3,27324

54,09197

0,44485

3,38204

5,44616

52,72408

50,54156

26,92065

48,50315

0,00404

0,00448

1,00000

0,75000

Baturité

0,51410

3,86705

48,44153

0,52025

6,45678

4,49347

49,69183

47,32457

33,16729

38,50615

0,00315

0,00498

1,00000

0,83333

Bela Cruz

0,48057

1,27668

28,63684

0,52692

3,94672

5,99693

63,86241

61,01343

30,26551

46,01287

0,00399

0,00600

1,00000

0,91667

Campos Sales

0,44786

4,13396

0,00000

0,79255

4,47648

3,65467

44,39629

46,40202

27,70063

41,33376

0,00495

0,00528

1,00000

0,50000

Caririaçu

0,46723

3,89629

49,13542

0,78565

2,94061

9,69467

63,87786

59,40677

23,48485

40,61551

0,00311

0,00580

0,80000

0,91667

Cedro

0,51853

5,07488

30,99316

0,61100

5,75798

6,05811

54,12893

54,28683

31,92210

38,82736

0,00675

0,00532

1,00000

0,91667

Chorozinho

0,51789

7,70850

54,83262

0,67885

5,42262

11,62030

57,54397

64,05808

22,11031

43,67304

0,00623

0,00429

1,00000

0,83333

Coreaú

0,50471

3,24000

33,58569

0,92874

2,41930

9,88506

49,32330

44,98765

23,51874

47,94125

0,00697

0,00626

0,95000

0,66667

Cruz

0,58489

6,74287

58,32672

0,58968

7,80416

13,92128

66,65220

63,40375

27,84406

47,49570

0,00838

0,00655

1,00000

1,00000

Forquilha

0,55181

0,64691

50,23691

0,46030

2,99602

9,75771

47,58767

41,81216

21,67796

36,01563

0,00593

0,00578

1,00000

0,91667

Guaiúba

0,52209

4,22587

71,64164

0,86460

5,31485

10,39378

52,30000

48,38307

25,61396

44,21224

0,00307

0,00415

1,00000

1,00000

Guaraciaba do Norte

0,55618

4,20174

41,18689

0,46520

5,19792

20,49628

56,55936

52,44167

20,54200

53,62201

0,00858

0,00559

0,70000

0,83333

Ibiapina

0,49066

2,82713

68,64706

0,69723

4,25859

3,75852

48,16266

48,03585

32,53911

42,64778

0,00346

0,00600

0,60000

0,83333

Icapuí

0,43517

5,62748

51,61202

0,82452

8,76081

10,92214

63,80037

67,93159

23,87161

32,08339

0,00485

0,00428

0,15000

1,00000

Independência

0,54370

2,21377

52,79304

0,71896

4,00351

8,84337

53,68773

53,58341

24,42352

49,34576

0,00794

0,00590

1,00000

1,00000

Ipu

0,47058

4,08572

0,00000

0,51470

2,69334

8,98140

49,10428

45,75256

27,39551

41,11530

0,00434

0,00573

0,95000

0,58333

Ipueiras

0,49171

1,95086

68,17675

0,47495

2,85287

6,06202

61,19094

64,23286

24,41785

42,66485

0,00551

0,00551

0,67500

0,91667

Irauçuba

0,51335

7,00295

51,23468

0,75627

4,44057

10,52743

51,05982

49,92770

24,72534

44,65797

0,00652

0,00519

0,60000

0,91667

Itapajé

0,40786

1,12447

40,88760

0,48781

4,53929

10,25296

68,07196

74,85594

28,71096

45,94217

0,00374

0,00443

0,05000

1,00000

Itarema

0,55029

5,55964

65,00100

0,57726

6,45660

13,08709

59,37853

58,98224

26,53096

42,54627

0,00457

0,00601

1,00000

0,91667

Itatira

0,58550

0,14702

76,89240

0,74264

3,71135

10,86276

46,32554

40,84472

20,76464

48,57645

0,00680

0,00735

1,00000

0,91667

Jaguaribe

0,59544

6,58295

82,92012

0,34131

6,83242

15,65005

54,44074

46,06698

26,76630

39,44925

0,00344

0,00451

1,00000

0,83333

Jaguaruana

0,42057

1,03365

25,17550

0,73467

5,06186

4,30035

58,47978

67,46010

27,87783

37,84510

0,00335

0,00498

0,72500

0,91667

Jardim

0,43672

0,67019

58,56537

0,57581

4,27155

11,88572

68,51248

65,57864

27,25630

47,23831

0,00370

0,00487

0,20000

1,00000

Jijoca de Jericoacoara

0,67438

4,40079

63,23207

0,44914

27,43588

17,86214

60,73737

51,50628

24,83074

35,37922

0,00826

0,00715

1,00000

1,00000

Jucás

0,57106

7,12165

44,48834

0,63708

5,39657

11,69526

42,29249

40,49166

25,47012

42,93546

0,00512

0,00538

1,00000

0,91667

Lavras da Mangabeira

0,51003

1,76194

68,27844

0,69323

3,97422

9,67842

58,41690

55,82913

32,53580

37,17942

0,00324

0,00505

1,00000

1,00000

Marco

0,55521

3,26856

0,00000

0,33843

6,14022

16,98437

60,91507

52,57699

25,66894

49,33829

0,00576

0,00682

1,00000

0,91667

Massapê

0,46976

5,19209

-57,02167

0,64149

3,05199

10,02170

58,51585

56,43428

18,15980

55,97764

0,01108

0,00628

0,95000

0,83333

Mauriti

0,50122

4,25334

59,79050

0,70870

5,96634

7,42771

62,03681

57,44384

27,78262

47,63311

0,00307

0,00521

1,00000

0,91667

Milagres

0,45768

1,25293

32,85297

0,58210

3,38475

8,24053

60,72122

51,57373

26,49241

36,00161

0,00266

0,00574

1,00000

0,66667

Missão Velha

0,38285

2,28604

15,79418

0,90536

4,85507

4,81930

61,43362

58,65340

24,11385

48,65320

0,00287

0,00557

0,90000

0,25000

Mombaça

0,56222

3,29080

79,70880

0,47467

3,71283

6,43620

53,33843

48,40361

25,56869

42,69999

0,00765

0,00451

1,00000

0,91667

Morrinhos

0,55003

2,59433

55,25883

0,68777

2,56641

9,95680

53,10756

55,58088

27,62051

51,13212

0,00746

0,00633

1,00000

1,00000

Nova Russas

0,63930

21,85323

52,89659

0,51548

4,48287

22,90483

50,30273

44,85350

26,14763

40,04384

0,00401

0,00592

1,00000

0,91667

Novo Oriente

0,65742

22,40821

49,69705

0,73283

2,79213

25,96575

46,63091

47,27057

28,16935

50,01792

0,00915

0,00548

1,00000

0,83333

Ocara

0,47636

1,89067

50,07183

0,42449

3,65362

3,92398

57,11813

60,93820

33,99597

38,89097

0,00444

0,00386

0,80000

0,91667

Paracuru

0,49723

0,86414

62,08383

0,36774

7,44139

4,47233

55,46071

56,34934

22,34960

47,67416

0,00601

0,00467

0,60000

0,75000

Paraipaba

0,48953

16,23665

57,04773

0,56368

6,91538

17,22121

54,74040

53,85030

28,34079

41,44884

0,00346

0,00454

0,00000

0,75000

Parambu

0,61710

23,31788

49,38139

0,82321

2,86114

17,42392

51,20530

46,68285

23,70653

41,94558

0,00454

0,00726

1,00000

0,91667

Pedra Branca

0,57986

7,48799

41,90579

0,62489

3,49696

13,52895

61,77830

57,84225

29,36334

40,75962

0,01135

0,00676

0,90000

1,00000

Pentecoste

0,49962

3,26648

76,35675

0,70389

4,28681

9,25861

60,54419

53,39465

28,75737

39,35076

0,00613

0,00480

0,60000

0,91667

Pindoretama

0,54026

0,46212

63,82969

0,42675

4,88892

8,36006

52,55254

54,57653

31,76668

48,78168

0,00421

0,00536

1,00000

0,91667

Quiterianópolis

0,57971

3,91466

91,63268

0,50650

3,48989

16,62698

64,59845

63,10126

19,57293

34,85525

0,00797

0,00532

1,00000

1,00000

Quixeré

0,49588

2,36177

69,57935

0,75008

7,66755

3,84055

55,72355

57,00329

35,66224

34,70141

0,00383

0,00471

1,00000

0,83333

Redenção

0,49055

3,45475

75,98955

0,65403

5,21304

2,63262

66,81920

74,52026

28,49910

35,83023

0,00497

0,00440

1,00000

1,00000

Santa Quitéria

0,48264

1,80167

56,86174

0,57052

4,27966

3,25003

63,74771

68,81747

31,12115

44,24201

0,00917

0,00580

0,65000

0,75000

Santana do Acaraú

0,55088

3,24142

76,45670

0,62520

2,39130

11,10445

59,59088

60,74676

28,72698

46,19203

0,00547

0,00651

1,00000

1,00000

Senador Pompeu

0,64326

7,48058

95,95717

0,52133

4,37540

19,09299

54,48417

46,70575

34,01947

35,63072

0,00758

0,00666

1,00000

0,91667

São Benedito

0,57314

3,84468

67,31980

0,49808

3,85749

13,49900

55,65747

50,27934

27,54751

47,97076

0,00720

0,00612

0,80000

1,00000

Tabuleiro do Norte

0,54960

3,21213

83,96630

0,57672

6,07805

8,04981

50,73144

49,36340

31,70885

35,70660

0,00398

0,00477

0,95000

1,00000

Tamboril

0,62661

11,11899

49,95780

0,69212

4,36419

12,18956

54,50269

215,66793

122,13993

180,92060

0,00686

0,00576

1,00000

0,75000

Ubajara

0,49797

0,77550

77,94721

0,52256

4,58455

16,56334

56,18873

52,51739

28,65704

50,43831

0,00663

0,00601

0,00000

0,83333

Uruburetama

0,45156

2,95626

83,01016

0,62086

2,81340

12,95134

63,94494

55,04686

26,37320

45,23342

0,00376

0,00464

0,15000

0,83333

Várzea Alegre

0,54788

10,22522

35,72115

0,57534

4,42664

13,83025

53,72564

50,94122

31,79236

41,20569

0,00499

0,00503

1,00000

0,91667

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração: IPECE.



Apêndice 5: Região de Planejamento, População, Resultados do ICGM 2023 e os indicadores, sem padronização por Ranking para os municípios do Grupo Populacional 4.


Tabela 5.1: Região de Planejamento, População e Índice do ICGM 2023 por Ranking para os municípios do Grupo Populacional 4

Ranking

Município

Região de Planejamento

População

ICGM

1

Cariré

Sertão de Sobral

17,632

0,72200

2

Jaguaretama

Vale do Jaguaribe

17,232

0,70339

3

Solonópole

Sertão Central

18,179

0,70054

4

Deputado Irapuan Pinheiro

Sertão Central

8,932

0,69819

5

Pires Ferreira

Sertão de Sobral

10,606

0,68983

6

Aiuaba

Sertão dos Inhamuns

14,076

0,68078

7

Ibicuitinga

Sertão Central

11,611

0,67811

8

Madalena

Sertão de Canindé

16,896

0,66974

9

Groaíras

Sertão de Sobral

10,910

0,66576

10

Quixelô

Centro Sul

15,910

0,66029

11

Fortim

Litoral Leste

17,294

0,65843

12

Mucambo

Sertão de Sobral

13,666

0,65709

13

Guaramiranga

Maciço de Baturité

5,654

0,65575

14

Milhã

Sertão Central

14,123

0,64428

15

Piquet Carneiro

Sertão Central

16,616

0,64280

16

Varjota

Sertão de Sobral

18,105

0,64211

17

Cariús

Centro Sul

17,015

0,64091

18

Ararendá

Sertão dos Crateús

11,096

0,64081

19

Caridade

Sertão de Canindé

16,377

0,63901

20

Uruoca

Litoral Norte

13,746

0,63750

21

Porteiras

Cariri

17,050

0,63393

22

Altaneira

Cariri

6,782

0,62354

23

Monsenhor Tabosa

Sertão dos Crateús

17,149

0,61970

24

Alcântaras

Sertão de Sobral

11,369

0,61902

25

Abaiara

Cariri

10,038

0,61529

26

Banabuiú

Sertão Central

17,195

0,61336

27

Orós

Centro Sul

19,675

0,61302

28

Frecheirinha

Sertão de Sobral

15,657

0,61166

29

Farias Brito

Cariri

18,217

0,60828

30

Carnaubal

Serra da Ibiapaba

17,210

0,60763

31

Reriutaba

Sertão de Sobral

18,606

0,60687

32

Hidrolândia

Sertão dos Crateús

17,855

0,60403

33

Jaguaribara

Vale do Jaguaribe

10,356

0,60324

34

Saboeiro

Centro Sul

13,854

0,59826

35

Ipaporanga

Sertão dos Crateús

11,575

0,59556

36

Ibaretama

Sertão Central

11,956

0,59330

37

Moraújo

Sertão de Sobral

8,254

0,59297

38

Granjeiro

Cariri

4,841

0,59275

39

General Sampaio

Litoral Oeste / Vale do Curu

6,734

0,59146

40

Antonina do Norte

Cariri

7,245

0,58921

41

Iracema

Vale do Jaguaribe

14,001

0,58909

42

Senador Sá

Sertão de Sobral

7,262

0,58616

43

Chaval

Litoral Norte

12,462

0,58546

44

Araripe

Cariri

19,783

0,58476

45

Nova Olinda

Cariri

15,399

0,58203

46

Martinópole

Litoral Norte

10,846

0,58148

47

Pereiro

Vale do Jaguaribe

15,274

0,58001

48

Choró

Sertão Central

12,113

0,57837

49

Pacujá

Sertão de Sobral

6,175

0,57808

50

Arneiroz

Sertão dos Inhamuns

7,429

0,57537

51

Mulungu

Maciço de Baturité

10,569

0,57446

52

Itapiúna

Maciço de Baturité

17,841

0,57420

53

Ipaumirim

Centro Sul

12,083

0,57309

54

Barroquinha

Litoral Norte

14,567

0,57225

55

Meruoca

Sertão de Sobral

15,157

0,57205

56

Jati

Cariri

7,861

0,57031

57

Croatá

Serra da Ibiapaba

17,481

0,56503

58

Alto Santo

Vale do Jaguaribe

14,155

0,55992

59

Ererê

Vale do Jaguaribe

6,474

0,55910

60

São Luís do Curu

Grande Fortaleza

10,822

0,55840

61

Umari

Centro Sul

6,871

0,55082

62

Baixio

Centro Sul

5,704

0,55051

63

Itaiçaba

Litoral Leste

7,536

0,54932

64

Aratuba

Maciço de Baturité

11,224

0,54714

65

Apuiarés

Litoral Oeste / Vale do Curu

12,928

0,54430

66

Pacoti

Maciço de Baturité

11,186

0,54413

67

Catarina

Centro Sul

10,243

0,54054

68

Capistrano

Maciço de Baturité

17,254

0,54015

69

Catunda

Sertão dos Crateús

10,444

0,53781

70

Potengi

Cariri

8,833

0,53732

71

Umirim

Litoral Oeste / Vale do Curu

17,470

0,53637

72

Palmácia

Maciço de Baturité

10,242

0,53442

73

Tarrafas

Cariri

7,529

0,52908

74

Paramoti

Sertão de Canindé

10,384

0,52761

75

Penaforte

Cariri

8,972

0,52530

76

Graça

Sertão de Sobral

13,801

0,52323

77

Acarape

Maciço de Baturité

14,027

0,52016

78

Salitre

Cariri

16,633

0,51801

79

São João do Jaguaribe

Vale do Jaguaribe

5,855

0,51703

80

Potiretama

Vale do Jaguaribe

5,974

0,51188

81

Miraíma

Litoral Oeste / Vale do Curu

14,196

0,51174

82

Barro

Cariri

19,381

0,51010

83

Santana do Cariri

Cariri

16,954

0,50782

84

Palhano

Vale do Jaguaribe

9,346

0,50493

85

Tejuçuoca

Litoral Oeste / Vale do Curu

17,154

0,49007

86

Tururu

Litoral Oeste / Vale do Curu

15,412

0,46712

87

Poranga

Sertão dos Crateús

12,065

0,45018

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração: IPECE.


Tabela 5.2: Indicadores, sem padronização, para os municípios do Grupo Populacional 4.

Município

ICGM

Captação de Recursos

Restos a Pagar Pagos

Complexidade Tributária

Independência Tributária

Investimentos

Despesa de Pessoal

Gasto com Pessoal pela RCL

Gasto com Saúde pela RCL

Gasto com Educação pela RCL

IQE

IQS

IQM

Indicador de Transparência

Abaiara

0,61529

3,03856

78,90196

0,95887

11,47801

7,86802

62,08202

58,71127

23,17970

39,59819

0,00392

0,00549

1,00000

1,00000

Acarape

0,52016

2,45388

26,46147

0,64490

5,35561

3,70913

64,23435

65,99485

27,40817

38,06574

0,00447

0,00535

1,00000

0,75000

Aiuaba

0,68078

4,02315

84,63809

0,39675

4,06945

10,43517

38,22028

36,64422

24,03032

42,50500

0,00319

0,00717

1,00000

0,75000

Alcântaras

0,61902

5,93666

0,00000

0,38817

2,68382

12,71366

50,23105

49,09592

26,19313

38,23563

0,00749

0,00681

0,95000

0,91667

Altaneira

0,62354

2,98893

62,86570

0,53146

4,15092

13,43717

59,25344

54,97316

24,06622

46,64994

0,00930

0,00495

0,77500

1,00000

Alto Santo

0,55992

2,09690

38,42298

0,65956

3,27006

8,55805

55,83418

50,13643

23,78211

36,99969

0,00659

0,00516

0,95000

0,91667

Antonina do Norte

0,58921

1,83299

62,41318

0,55359

1,28149

3,87778

48,13642

44,31112

25,40270

32,67699

0,00670

0,00579

1,00000

1,00000

Apuiarés

0,54430

1,58316

65,28082

0,75748

3,30039

4,44808

46,95133

47,53851

27,78094

43,60285

0,00418

0,00507

0,60000

0,83333

Ararendá

0,64081

1,18239

55,12362

0,52738

2,42665

9,23691

51,90419

47,11527

17,78180

54,48866

0,01114

0,00631

1,00000

1,00000

Araripe

0,58476

3,85996

67,84414

0,46549

3,73888

4,01852

58,79318

65,27210

26,39651

42,41205

0,00404

0,00543

1,00000

0,91667

Aratuba

0,54714

5,62568

78,05514

0,75827

2,36442

9,75656

58,57243

56,31557

26,06548

44,19780

0,00410

0,00398

0,45000

0,91667

Arneiroz

0,57537

1,46479

40,18544

0,57545

2,08817

6,99760

44,51393

43,38908

24,05517

37,09322

0,00369

0,00802

1,00000

0,75000

Baixio

0,55051

3,59925

31,60125

0,71413

2,98402

4,33821

56,55982

55,82844

31,34289

30,03218

0,00551

0,00507

1,00000

1,00000

Banabuiú

0,61336

2,44040

69,47039

0,74034

4,98168

6,15569

50,72509

50,04946

23,21257

41,67483

0,00485

0,00770

1,00000

0,91667

Barro

0,51010

0,22857

49,49241

0,85468

5,03007

2,97492

60,26539

59,38646

33,50255

37,57393

0,00291

0,00527

1,00000

0,58333

Barroquinha

0,57225

1,30097

71,57090

0,63697

3,55193

5,21182

58,24874

56,74780

23,05282

43,66283

0,00505

0,00577

0,90000

1,00000

Capistrano

0,54015

0,55668

23,66191

0,47787

3,55511

2,32453

60,59276

76,27008

33,66898

45,72616

0,00404

0,00511

1,00000

1,00000

Caridade

0,63901

4,07223

76,14468

0,71696

4,56617

3,48053

39,80465

43,42060

18,81983

42,70812

0,00754

0,00674

0,95000

0,91667

Cariré

0,72200

13,05331

41,02793

0,50676

3,05964

24,19477

52,34564

46,43296

23,49051

46,85410

0,00980

0,00637

1,00000

0,75000

Cariús

0,64091

3,83406

81,84447

0,67574

3,28781

18,39937

57,15039

47,11737

23,45735

43,75452

0,00607

0,00500

1,00000

0,91667

Carnaubal

0,60763

4,05350

77,32805

0,41883

3,76098

5,65845

53,91802

53,20260

32,18163

45,49300

0,00316

0,00551

0,80000

0,83333

Catarina

0,54054

0,82095

72,88071

0,48338

3,61054

2,77455

57,57308

53,98514

35,32263

32,92779

0,00403

0,00461

1,00000

0,50000

Catunda

0,53781

1,33392

22,05225

0,49739

4,55535

2,63902

62,83430

64,31337

25,12578

49,23726

0,00921

0,00566

1,00000

0,50000

Chaval

0,58546

3,22399

90,80611

0,90623

3,13545

6,51748

61,60459

58,10867

30,06877

45,12880

0,00373

0,00595

1,00000

0,75000

Choró

0,57837

5,94244

47,42382

0,77732

3,37826

4,68436

52,45053

53,95611

26,65337

36,91500

0,00605

0,00762

1,00000

0,58333

Croatá

0,56503

3,61493

0,00000

0,52724

2,67709

8,41208

51,36930

50,40616

30,57445

46,19416

0,00782

0,00544

0,85000

0,75000

Deputado Irapuan Pinheiro

0,69819

7,01767

68,48799

0,47274

2,70137

10,18367

55,46352

52,33558

31,35488

35,83162

0,01283

0,00640

1,00000

1,00000

Ererê

0,55910

1,37649

64,81862

0,69328

1,29935

11,02314

61,58998

63,32742

36,09165

37,58039

0,00761

0,00437

0,85000

0,75000

Farias Brito

0,60828

6,46575

64,17798

0,70647

4,28794

10,88277

57,36284

54,29885

29,72380

41,77838

0,00513

0,00484

0,75000

1,00000

Fortim

0,65843

3,85137

42,13388

0,33624

12,65254

9,25004

56,90147

59,11625

28,22724

33,44271

0,00735

0,00503

1,00000

0,91667

Frecheirinha

0,61166

2,54537

85,65578

0,46750

2,93837

7,50715

54,55942

51,00601

26,87308

40,87262

0,00743

0,00621

0,65000

0,91667

General Sampaio

0,59146

8,28718

68,35139

0,65455

2,96601

8,21262

41,41920

43,57831

24,32062

40,43832

0,00558

0,00451

0,60000

0,66667

Granjeiro

0,59275

7,01898

38,51440

0,93426

1,91724

13,52555

50,55096

47,90312

23,94317

36,53807

0,00422

0,00543

1,00000

1,00000

Graça

0,52323

0,00000

19,87884

0,88016

3,62646

3,23853

53,17155

55,11887

21,72143

53,19580

0,00832

0,00582

1,00000

0,58333

Groaíras

0,66576

11,62533

53,21178

0,75708

4,70559

8,57142

51,56218

49,42575

26,33749

38,69420

0,00759

0,00572

1,00000

1,00000

Guaramiranga

0,65575

5,83272

73,76611

0,30491

11,14625

6,09753

57,56779

57,39308

25,79150

29,75830

0,00656

0,00425

1,00000

0,83333

Hidrolândia

0,60403

2,20156

74,28582

0,59481

2,95138

5,64133

48,80856

49,50124

31,87718

41,37369

0,00648

0,00585

1,00000

0,66667

Ibaretama

0,59330

1,88392

54,42350

0,38280

3,81201

4,91335

57,79952

56,04156

28,66633

41,04043

0,00296

0,00750

1,00000

0,83333

Ibicuitinga

0,67811

8,24374

73,91952

0,70684

2,54977

15,50954

51,52931

52,29848

22,66024

42,77616

0,00788

0,00743

1,00000

0,91667

Ipaporanga

0,59556

4,61089

23,73425

0,56838

1,56934

6,71439

48,29879

45,68334

24,67807

40,32291

0,00665

0,00692

1,00000

0,91667

Ipaumirim

0,57309

1,08185

92,76150

0,79827

4,18951

4,19620

63,30101

62,51832

27,62328

40,74289

0,00452

0,00476

1,00000

1,00000

Iracema

0,58909

4,48864

56,12697

0,64327

4,89194

7,17414

60,20891

60,00790

35,14194

32,00288

0,00604

0,00424

1,00000

0,91667

Itaiçaba

0,54932

0,78892

89,08025

0,57297

3,21572

12,09403

62,00942

58,77755

31,16893

31,89636

0,00477

0,00469

0,90000

0,50000

Itapiúna

0,57420

3,38143

74,36176

0,80461

3,93715

6,22556

54,68700

59,53699

26,56546

39,33189

0,00577

0,00384

1,00000

0,91667

Jaguaretama

0,70339

4,72970

74,71112

0,92799

14,25143

14,52132

47,22680

42,40425

30,72798

34,57340

0,00622

0,00453

1,00000

1,00000

Jaguaribara

0,60324

4,68027

65,41173

0,57102

3,74624

9,89455

57,40158

54,81910

29,72135

43,57097

0,00449

0,00470

1,00000

0,83333

Jati

0,57031

0,02455

75,28494

0,83237

4,26527

13,14720

64,45840

58,82435

31,07940

41,67537

0,00475

0,00540

1,00000

0,66667

Madalena

0,66974

5,25550

59,01703

0,51680

4,49488

8,01541

46,17659

45,36154

25,73708

46,14815

0,00765

0,00629

1,00000

1,00000

Martinópole

0,58148

8,54345

49,98653

0,46973

2,41396

7,20556

48,59830

49,10692

24,49185

44,95296

0,00635

0,00648

0,55000

0,50000

Meruoca

0,57205

3,31409

34,44184

0,76735

3,56264

4,84699

47,11825

45,21548

24,25347

41,43683

0,00822

0,00569

0,90000

0,75000

Milhã

0,64428

9,08591

37,86731

0,62938

3,98398

9,96597

56,61369

53,47183

28,47453

38,09640

0,00888

0,00747

1,00000

0,75000

Miraíma

0,51174

7,73356

76,09978

0,84959

2,11053

5,97133

58,73136

58,58012

26,80064

44,24773

0,00342

0,00505

0,05000

0,83333

Monsenhor Tabosa

0,61970

2,40572

100,00000

0,85743

3,14745

6,43101

49,92099

45,51396

21,55323

47,62696

0,00683

0,00619

1,00000

0,75000

Moraújo

0,59297

2,46267

30,00533

0,94072

2,62421

20,26002

49,77622

43,19754

21,50430

42,36683

0,00982

0,00482

0,90000

0,75000

Mucambo

0,65709

0,31369

27,30458

0,27380

2,83070

17,70258

51,42609

49,87616

33,91197

39,02225

0,01200

0,00600

1,00000

0,58333

Mulungu

0,57446

3,57000

60,48887

0,51253

3,48476

6,81781

51,66443

48,99747

28,79119

32,60647

0,00409

0,00489

1,00000

0,75000

Nova Olinda

0,58203

3,19578

72,75619

0,48775

3,31653

4,35528

64,69738

68,78087

26,88087

40,71821

0,00902

0,00539

0,90000

0,75000

Orós

0,61302

4,68362

63,27795

0,51172

6,64398

3,26184

52,85577

54,25401

30,38909

39,63041

0,00477

0,00482

1,00000

0,91667

Pacoti

0,54413

2,92977

51,35947

0,54259

3,85539

5,51053

56,82409

59,78118

23,86855

38,81085

0,00368

0,00465

1,00000

0,83333

Pacujá

0,57808

2,00386

78,20702

0,87108

2,63688

8,45348

48,68047

48,82179

20,55984

41,60365

0,00475

0,00628

1,00000

0,75000

Palhano

0,50493

4,58840

19,73328

0,66332

4,27389

4,34177

53,70676

59,02590

32,06187

34,37275

0,00344

0,00421

0,75000

0,75000

Palmácia

0,53442

2,76388

68,85376

0,67650

4,24523

3,15199

59,82806

65,64870

24,26643

34,86033

0,00484

0,00409

1,00000

0,83333

Paramoti

0,52761

1,03664

24,04706

0,73438

2,31065

6,52428

54,43252

53,22579

28,26020

36,03036

0,00716

0,00633

1,00000

0,58333

Penaforte

0,52530

1,44487

42,94513

0,60160

5,19502

5,08761

53,24526

54,78970

32,08901

41,84132

0,00233

0,00448

1,00000

0,50000

Pereiro

0,58001

1,18912

70,95318

0,89908

4,36816

12,19424

58,96469

47,88654

22,14518

46,13980

0,00564

0,00430

1,00000

0,83333

Piquet Carneiro

0,64280

8,26438

55,38929

0,62236

3,22896

10,51124

53,79753

53,17850

27,41530

40,79668

0,00761

0,00496

1,00000

1,00000

Pires Ferreira

0,68983

5,43790

67,54820

0,86022

1,81910

27,43358

49,30646

39,14780

23,79475

36,12567

0,01243

0,00583

0,95000

0,75000

Poranga

0,45018

0,29510

22,62865

0,58529

0,57623

4,88556

58,74829

56,75004

25,00780

52,76415

0,00545

0,00683

0,35000

0,33333

Porteiras

0,63393

1,16996

66,29479

0,71304

4,71032

18,79104

55,96205

52,72245

24,06872

49,72943

0,00497

0,00663

1,00000

0,91667

Potengi

0,53732

3,76122

31,54988

0,63551

2,29558

1,85990

54,70305

57,36859

34,51165

37,46961

0,00227

0,00451

1,00000

1,00000

Potiretama

0,51188

5,26711

19,15064

0,86460

2,04594

11,67354

61,02293

57,67156

27,31024

35,28544

0,00839

0,00377

0,55000

0,83333

Quixelô

0,66029

9,29661

64,63629

0,38629

3,76263

14,20120

49,80655

49,73942

28,05511

44,16895

0,00397

0,00534

1,00000

0,66667

Reriutaba

0,60687

0,64247

11,59602

0,78119

4,88820

20,75420

56,38763

44,52809

27,85495

38,91659

0,00987

0,00629

0,90000

0,83333

Saboeiro

0,59826

5,81666

76,64416

0,51298

2,92990

7,63537

58,59677

53,78344

23,33397

43,32706

0,00268

0,00519

1,00000

0,91667

Salitre

0,51801

0,00000

46,36206

0,73974

2,90996

4,46900

55,88285

54,29822

25,41056

48,89775

0,00487

0,00489

1,00000

0,58333

Santana do Cariri

0,50782

2,53964

25,20571

0,79912

3,73836

2,89844

57,85566

69,04692

27,97561

47,48900

0,00188

0,00449

0,90000

1,00000

Senador Sá

0,58616

2,46595

72,00829

0,59649

1,83376

9,31635

44,88241

41,17285

19,84368

43,56102

0,00635

0,00559

1,00000

0,50000

Solonópole

0,70054

9,30839

59,60832

0,40218

3,19373

15,91535

58,72116

53,93674

24,04931

42,94290

0,00857

0,00769

0,90000

1,00000

São João do Jaguaribe

0,51703

1,00421

56,96246

0,72690

3,19840

3,16259

51,13466

51,44937

31,75467

28,96617

0,00495

0,00215

1,00000

0,83333

São Luís do Curu

0,55840

2,04660

55,14881

0,74443

3,21089

3,20177

52,20649

52,73676

33,11470

35,37660

0,00415

0,00487

1,00000

0,91667

Tarrafas

0,52908

0,94673

80,68119

0,92271

0,75649

3,18590

60,98272

61,26056

29,45560

40,33418

0,00499

0,00424

1,00000

0,83333

Tejuçuoca

0,49007

2,11887

59,90970

0,78199

3,10611

15,19439

53,27132

50,85706

24,36672

44,25068

0,00320

0,00451

0,00000

0,75000

Tururu

0,46712

2,79392

51,18396

0,86601

2,47128

2,76557

58,19301

57,32655

31,13692

44,18746

0,00292

0,00395

0,15000

0,91667

Umari

0,55082

1,59693

48,99517

0,84815

4,31942

6,15219

53,56397

52,80489

25,96055

29,03242

0,00518

0,00576

1,00000

0,91667

Umirim

0,53637

3,19807

52,40445

0,83100

3,25887

2,04669

46,93258

47,58936

30,55794

43,99923

0,00324

0,00452

0,60000

0,91667

Uruoca

0,63750

8,85660

55,66751

0,73309

3,52988

14,18135

49,28224

46,74571

20,25349

44,12142

0,00616

0,00604

1,00000

0,75000

Varjota

0,64211

1,92640

74,29494

0,66431

3,14071

10,00291

50,80904

45,28755

28,36552

45,64090

0,00793

0,00593

1,00000

0,91667

Fonte: STN/Sincofi. Elaboração: IPECE.






































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